“90% das pessoas comunicam os seus sentimentos através do beijo”
Celebra-se este sábado, dia 13 de Abril, o Dia Internacional do Beijo. Uma data que tem por objectivo comemorar o acto do beijo, mas também os seus benefícios. A verdade é que o beijo pode desencadear diversos tipos de emoções e sentimentos. A psicóloga Luísa Santos explica de que forma um simples beijo pode contribuir para a felicidade do ser humano.
Segundo a especialista, cerca de 90% das pessoas comunicam os seus sentimentos através do beijo. Luísa Santos defende que “o beijo é um modo de sentir e demonstrar afecto em qualquer idade”, pois, consentido, “será sempre uma manifestação de sentimentos com amor”.
“Beijar, na boca, também pode servir como barómetro no estabelecimento de relações amorosas. O acto em si pode trazer-nos momentos de grande felicidade. Um beijo pode ser um bom veículo para a relação ou para a desilusão, se for perspectivado como o oposto às expectativas criadas anteriormente. Se somos elementos sociais, o beijo pode ser a confirmação ou a ‘alavanca’ de uma relação já estabelecida. Só um beijo agradável e consentido nos pode trazer felicidade”, explicou.
Beijo na boca é o que traz mais benefícios
Luísa Santos refere que o beijo na boca é o que traz mais benefícios. Isto porque “reforça o sistema imunitário (existem troca de bactérias), emagrece em média 12 calorias e provoca bem-estar”. Além disso, garante que o beijo pode baixar os níveis de cortisol, servindo de calmante natural, o que é “um bom anti-stress”.
“O mais importante é que a qualidade do beijo é um bom indicador da qualidade da relação”, defende.
Mas como referido acima, diferentes tipos de beijos podem desencadear diferentes tipos de emoções. Beijar o namorado/a é diferente de beijar um filho ou de beijar, por exemplo, o Santo Padre.
“Pode não ser agradável, para o Santo Padre, dar tantos beijos. No entanto, quem recebe os seus beijos pode se sentir abençoado. O melhor beijo é o que é bom para os dois”, adianta.
“A título de curiosidade, um pedaço de chocolate pode excitar mais do que um beijo apaixonado, segundo aponta um estudo feito pelo pesquisador David Lewis, da Universidade de Sussex e da empresa de pesquisa Mind Lab. Para o teste, foram colocados eletrodos e monitores cardíacos, em voluntários, que deixaram pedaços de chocolate derreter na boca e, em seguida, beijaram o parceiro. O chocolate originou o dobro dos batimentos do coração e estimulou, de forma mais intensa e duradoura, o cérebro, ao contrário do beijo”. Psicóloga Luísa Santos
Questionada sobre se os pais devem obrigar as crianças a beijar os familiares, Luísa Santos afirmou que é necessário respeitar o livro arbítrio da criança: “não quer, não beija!”.
“Para não banalizar o beijo na boca, os pais não devem beijar os filhos na boca. Isso confunde as crianças. A boca é para beijar em outro tipo de relações e/ou ser beijada, por namorados ou namoradas. Fazer esta diferenciação vai ajudar a criança quando for adulta a diferenciar as diferentes dimensões afectivas e possíveis relações, por exemplo, a diferenciar em que tipo de relações pode beijar na boca”, acrescenta.