Correr por fora
Há um ‘complot’ para dar cabo do rali do Porto Santo
Boa noite!
O assanhado lóbi dos ralis anda irritado com a prova do Porto Santo. Consta que o evento escapou ao controle habitual, apenas porque resulta do empenho da Câmara e de outras vontades locais, já que as entidades com pergaminhos na organização de ralis nunca se disponibilizaram para apoiar uma retoma muitas vezes protelada. O que só demonstra que há uma importante revolução por fazer no automobilismo regional.
Como o Clube Automobilístico 100 à Hora da Madeira se chegou à frente e agendou a prova na ilha vizinha para 29 e 30 de Novembro, as corridas ao protagonismo azedaram, embora a este nível tudo tenha ficado muito claro esta semana durante a apresentação do Rali da Calheta, prova que se disputa este fim-de-semana e tem a chancela do Club Sports da Madeira e que levou Paulo Fontes a sair de estrada durante alguns minutos. Um desvio que serviu para manifestar “insatisfação completa com a falta de respeito e solidariedade” por parte do clube 100 à Hora só porque, cabendo-lhe organizar a prova que antecedia o Rali Vinho da Madeira, optou por fazê-lo depois da prova rainha. E assim lá se foi a prova de testes do RVM, que bem poderia ser a da Calheta.
Paulo Fontes garante que "não está em causa o Rali do Porto Santo, mas a forma como foi marcado, desleal naquela que é quase uma esperteza saloia”, condenando “a falta de atitude, de elegância e de respeito pelos outros organizadores de prova, pelas pessoas que trabalham e também pelos pilotos”, alegando que “as pessoas levaram avante os seus interesses pessoais e não os colectivos”. Só que se descaiu e anunciou uma alteração regulamentar da FPAK que permite “e bem” aos pilotos uma balda a uma das provas do campeonato, admitindo que “os pilotos poderão não participar na última prova”.
Leu bem. Paulo Fontes fez os devidos ajustes com quem decide e regozijou-se com mecanismos que colocam em causa a verdade desportiva, pois as regras foram alteradas já com o campeonato em curso.
Os calculismos e as benesses tudo calam. Ou quase todos. O Clube Automobilístico 100 à Hora da Madeira não se deixou ficar na berma e reagiu com ironia às críticas de Paulo Fontes. Pelos vistos, há alguém a correr por fora no Campeonato de Ralis CORAL da Madeira, mas julgamos que a devido tempo muitas dúvidas serão dissipadas. Tem a palavra Nuno Batista!