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BCE deverá manter hoje as taxas de juro inalteradas à espera de Junho

Foto olrat / Shutterstock.com
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O BCE deverá manter na reunião de hoje as taxas de juro inalteradas, num momento que se espera de transição com a instituição a aguardar mais dados que lhe permitam avançar com um corte das taxas em junho.

Segundo os analistas, o Conselho do Banco Central Europeu (BCE) deverá manter pela quinta vez consecutiva a taxa de depósitos em 4%, o nível mais alto registado desde o lançamento da moeda única em 1999, enquanto a principal taxa de juro de refinanciamento deverá ficar em 4,5% e a taxa aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez em 4,75%.

A instituição liderada por Christine Lagarde tomará a decisão num contexto de queda da inflação, depois de a taxa se ter reduzido em duas décimas em março, para 2,4%, enquanto a inflação subjacente - que exclui o efeito dos preços da energia e dos alimentos por ser mais volátil - caiu três décimas, para 2,9%.

Os analistas esperam o primeiro corte das taxas de juro em junho, altura em que a instituição terá mais dados sobre a evolução da economia.

Na última reunião, a presidente do BCE garantiu que o Conselho do BCE precisava de mais dados e que uma parte deles chegaria em abril, mas que saberiam "muito mais em junho."

Duas semanas depois, Lagarde apontou novamente o mesmo calendário, mas afirmou que não se poderia comprometer com novos cortes a partir de então.

Em março, o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, disse que a inflação está a descer de forma sustentada e a convergir para 2%, mas não quis antecipar o próximo corte de juros do BCE por ser necessário analisar vários indicadores.

"A inflação está a descer de forma sustentada e a convergir para 2%", afirmou Centeno na conferência de imprensa de apresentação do Boletim Económico de março, em Lisboa.

Contudo, disse que não antecipa quando será o próximo corte de taxas de juro diretoras nem o que defenderá na reunião do Conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE) de hoje, contudo tem sido uma das vozes mais ativas a favor de uma descida dos juros no atual contexto.