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Madeira

"Não há garantias de que haja duas listas candidatas" à liderança do CDS-PP/Madeira

Comissão Organizadora do Congresso Regional dos centristas está averiguar irregularidades na moção liderada por Lídia Albornoz

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A Comissão Organizadora do XIX Congresso do CDS-PP/Madeira identificou “algumas irregularidades” na Moção B, subscrita por Lídia Albornoz, pelo que não está ainda em condições de confirmar se haverá duas moções estratégicas globais e, por conseguinte, duas candidaturas à liderança do partido. Anúncio este que só deverá ser feito amanhã, dia 2 de Abril, conforme avançou ao DIÁRIO o secretário-geral do partido e presidente da Comissão Organizadora do XIX Congresso do CDS-PP/Madeira, Amílcar Figueira.

“Neste momento, o que posso afirmar é que não dou a garantia que ambas as moções irão a ser discutidas em congresso”, afirmou.

A Comissão Organizadora encontra-se reunida para validar as moções, apresentadas até às 23 horas do dia 31 de Março. Ou seja, a Moção Global A, subscrita pelo militante José Manuel Sousa Rodrigues, e a Moção B, subscrita por Lídia Albornoz.

“Será feito um processo de validação, subscritor a subscritor. Detectámos à primeira que a Moção B, a Moção da Lídia Albornoz, tem algumas irregularidades e são essas irregularidades que estamos a verificar”, detalhou Amílcar Figueira.

O presidente da Comissão Organizadora do XIX Congresso do CDS-PP/Madeira adiantou que as irregularidades na candidatura da Lídia Albornoz prendem-se com o facto de haver alguns subscritores da Moção B que não são militantes do partido e, portanto, não estão em condições para votar.

“A Comissão Organizadora constatou que alguns subscritores não são militantes, outros são desvinculados. Ou seja, já não são militantes do CDS. Outra questão é que houve militantes que subscreveram as duas moções (…) e a Comissão tinha estipulado desde o início que um militante apenas pode subscrever uma só moção”, revelou o secretário-geral do partido.

Amílcar Figueira salientou também que “para passar à fase seguinte, ou seja, para serem discutíveis no Congresso Regional do dia 13 e 14 [de Abril], terão que ter no mínimo 150 assinaturas validadas pela Comissão Organizadora”.

“Neste momento há uma candidatura que não tem. E, portanto, estamos a confirmar uma a uma, para informarmos os subscritores dessas moções que terão um prazo para reverem as irregularidades”, apontou.

Este processo de validação deverá continuar pela noite dentro, disse ainda o presidente da Comissão Organizadora, indicando que desta reunião resultará um relatório com as irregularidades identificadas, que será então tornado público esta terça-feira.

Uma vez apresentadas as conclusões desse documento, a Moção subscrita por Lídia Albornoz disporá de um prazo 48 horas para poder regulariza-las sob pena da sua candidatura não ser validada.

“Nesta primeira fase, estamos a elaborar um relatório, a dizer quais foram as irregularidades que a Moção B tem. Vamos enviar para a subscritora da Moção B, a Lídia Albornoz e iremos dar um prazo para que ela as regularize. Esse prazo será de 48 horas, a contar das 20 horas de hoje.

A partir desse prazo, se não apresentarem o comprovativo de que não são irregularidades, cai a Moção”, concluiu Amílcar Figueira.

O XIX Congresso do CDS/PP-Madeira decorre de 13 e 14 de Abril. O anterior aconteceu nos dias 25 e 26 de Junho de 2022 e reelegeu Rui Barreto para mais um mandato.