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Madeira

“Catástrofe pavorosa” matou 40 pessoas em São Vicente há 95 anos

Recorde a edição de 7 de Março de 1929, neste 'Canal Memória'

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40 mortos e estragos incalculáveis. Este era o balanço de uma cheia que afectou São Vicente quando corria o ano de 1929. Neste ‘Canal Memória’ recordamos o dia em que ficaram destruídas 11 casas, 100 palheiros e em que se perderam cerca de 100 cabeças de gado.

O DIÁRIO dava conta de que esta não seria a pior catástrofe registada na Região, mas que tinha afectado uma zona muito concreta da ilha. Como resultado de vários dias de chuva intensa, a ribeira acabaria por transbordar, provocando uma cheia que acabaria por alagar e destruir terrenos agrícolas, palheiros e até habitações.

Com o passar do tempo, a população apercebeu-se da subida da água e começou a fugir para pontos mais altos. A saturação dos terrenos motivou uma derrocada, que acabaria por matar dezenas de pessoas, que tentavam fugir ao temporal.

A Cruz Vermelha Portuguesa acabaria por ser enviada para o local, para prestar socorro às vítimas, juntamente com os bombeiros. As comunicações para essa zona da ilha estavam muito limitadas, pelo que era complicado conseguir-se informação credível, para além de que as estradas estavam bastante condicionadas devido a lama e a derrocadas ocorridas nas ligações a São Vicente.

Apesar de já ser avançado o número de 40 mortos, ainda era prematudo estar a falar no número total de vítimas, uma vez que se estimava que debaixo dos escombros pudessem estar muitas mais. Com o andar dos trabalhos de limpeza, alguns cadáveres foram encontrados por equipas de socorro e também populares.

Uma tragédia que fica na história da Madeira.