Se o ridículo matasse
Se o ridículo matasse muitos dos candidatos às próximas eleições legislativas de 10 de Março já teriam enchido valas comuns porque nos cemitérios não caberiam. É certo que em democracia todos têm direitos mas também têm o dever de conhecer os seus limites já que em certos candidatos os neurónios desceram-lhes para os pés. Desde não saberem articular uma frase, fazem palhaçadas que deixam os espetadores corados de vergonha e interrogando-se: se um daqueles candidatos, porventura, ganhasse as eleições como se comportaria como Primeiro Ministro, Secretário de Estado ou deputado? Não é minha intenção diminuir qualquer pessoa, eles é que se diminuem ao apresentarem-se perante uma câmara de televisão, sem propostas credíveis ou então tão estapafúrdias e hilariantes que nos fazem sentir vergonha alheia. A política deve ser um coisa séria e credível para motivar os cidadãos e confiarem nos candidatos que poderão vir a governar o país. Não se brinque com coisas sérias porque é o nome de Portugal e da democracia que está a expor-se ao ridículo. Qualquer cidadão tem direitos iguais, inclusive o direito a candidatar-se mas deveria haver regras para que os candidatos fossem obrigados a fazer um teste de competência política, quiçá, sanidade mental, antes de darem a cara por um projeto político e falar em nome do país.
Até ao final desta semana vamos ter que “gramar” candidatos de 18 partidos concorrentes mas o lamentável é que poucos estão predispostos a ganhar as eleições, estão apenas para aparecerem na TV e terem um minuto de fama. O ridículo não mata mas chateia que se farta.
Juvenal Rodrigues