Maduro acredita em grande vitória do 'chavismo' nas presidenciais na Venezuela
O Presidente da Venezuela disse acreditar numa nova vitória do 'chavismo' nas próximas eleições presidenciais marcadas para 28 de julho, apesar de ainda não ter confirmado que será candidato a um terceiro período de seis anos.
"Eles [oposição] diziam que íamos fazer uma manobra, provocar um conflito mundial e suspender as eleições. Os oligarcas dos apelidos não nos conhecem, os bandidos da ultra-direita, criminosos que pediram sanções [contra o país]. Não nos conhecem", disse Nicolás Maduro, na terça-feira, durante o lançamento do programa estatal "Grande Missão Igualdade e Justiça Social - Hugo Chávez", transmitido pela televisão estatal venezuelana.
"O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) falou. A palavra do CNE é sagrada e nós dizemos amém ao anúncio do CNE de eleições presidenciais no dia 28 de julho. Vamos a eleições presidenciais e tenho a certeza de que o povo vai dar de novo a sua batalha e vai conquistar uma grande vitória. Que viva a democracia venezuelana, a liberdade, a união do povo", disse.
O CNE da Venezuela marcou as próximas eleições presidenciais para o próximo 28 de julho, dia do 70.º aniversário do nascimento do antigo presidente Hugo Chávez.
O anúncio foi feito pelo presidente do CNE, Elvis Amoroso, na terça-feira, dia em que o chavismo recordou o 11.º aniversário da morte de Hugo Chávez.
A data foi marcada três dias depois de o parlamento da Venezuela apresentar uma listagem de 27 datas possíveis para as presidenciais, que não contou com o aval da Plataforma Unitária Democrática (PUD), que agrupa os principais partidos opositores, nem da líder opositora Maria Corina Machado, que continua impedida de candidatar-se.
Segundo o CNE, a apresentação de candidatos terá lugar entre 21 e 25 de março e a campanha eleitoral entre 04 e 25 de julho.
Entre 18 de março e 26 de abril terá lugar o recenseamento eleitoral, no país e no estrangeiro.
Em outubro de 2023, o Governo venezuelano e a PUD assinaram, em Barbados, um acordo para a promoção de direitos políticos e garantias eleitorais, com vista às presidenciais de 2024.
No acordo, ambas as delegações propunham que as presidenciais se realizem no segundo semestre de 2024.
Por outro lado, comprometem-se a fortalecer a democracia e ratificam a vontade de alcançar as condições necessárias para que os processos eleitorais se realizem com todas as garantias.
Comprometeram-se ainda a promover a candidatura daqueles que "cumpram os requisitos estabelecidos para participar nas eleições presidenciais, em conformidade com os procedimentos estabelecidos na legislação venezuelana".