PS usará Autonomia para baixar impostos na Madeira
Paulo Cafôfo reafirmou, esta terça-feira, o seu compromisso na defesa da Autonomia na Assembleia da República, realçando que todo o seu potencial deve ser usado para melhorar a vida dos madeirenses, nomeadamente baixando os impostos na Região.
Foi num jantar-comício, em Machico, que o cabeça-de-lista dos socialitas a São Bento, pelo círculo eleitoral da Madeira, criticou o PSD por não ter "qualquer projecto para a Autonomia". Na ocasião enfatizou o facto de o Governo Regional não aplicar o diferencial fiscal em cinco dos nove escalões de IRS, nem nas taxas do IVA, medidas que, no seu entender, seriam importantes para apoiar as famílias, sobretudo quando em causa está, nota, uma das regiões com a mais alta taxa de risco de pobreza e exclusão social do País.
“A marca que este Governo Regional deixa é a da pobreza e da corrupção”, disse o também presidente do PS-Madeira, voltando a pedir mudança na Região.
Nas críticas, Paulo Cafôfo atirou-se a Miguel Albuquerque, colocando o foco na crise política que marca a actualidade regional.
Fazendo uma alusão ao nome do restaurante onde decorreu o jantar-comício, o socialista disse que Miguel Albuquerque está "escondidinho" e não levanta a imunidade parlamentar porque "tem medo da justiça". "Mas, se Miguel Albuquerque tem medo da justiça, os madeirenses não têm medo de Miguel Albuquerque e esta é a altura certa de mostrar quem manda na Madeira", disse, acrescentando que "quem manda na Madeira não é o PPD/PSD, mas sim os madeirenses".
Pelo meio, o candidato socialista destacou o desenvolvimento que o País alcançou sob a governação do PS, pedindo, com isso, a confiança dos madeirenses. "É importante dar um voto de confiança a quem sempre beneficiou o País e a Madeira", apelou, acrescentando que o voto no PS é também fundamental para eleger os deputados que melhor representarão a Madeira na Assembleia da República.
Pelo mesmo diapasão afinou Ricardo Franco, que lembrou que "sempre que tivemos governos de direita em Portugal, as pessoas sentiram na pele as consequências da austeridade, os cortes salariais e nas pensões e o aumento de impostos".
Pelo contrário, e de acordo com o autarca machiquense, foi com os governos socialistas que "mais se sentiu a solidariedade e a ajuda da República à Madeira e ao Porto Santo", argumento que usou para defender uma vitória do PS, para que seja possível manter esse rumo.