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eleições legislativas Madeira

BE defende uma "melhor redistribuição da riqueza"

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Numa iniciativa política, levada a cabo esta manhã, na cidade de Machico, a candidata pelo Bloco de Esquerda, pelo círculo da Madeira, nas Eleições Legislativas Nacionais, no próximo domingo, Dina Letra, defende um aumento intercalar para os 900 euros, do salário mínimo nacional, assim como uma "melhor redistribuição da riqueza".

"O Bloco de Esquerda defende que haja, já este ano, um aumento intercalar para os 900 euros e, para os próximos anos, haja uma alteração da regra que o salário mínimo suba sempre pelo valor da inflação acrescido de 50 euros, para que os trabalhadores não tenham a perda continuada do poder de compra, que é o que tem acontecido, porque os salários aumentam sempre muito abaixo da taxa da inflação", disse Dina Letra, acrescentando que o partido não quer "um país de salários mínimos até porque há riqueza no país para que toda a gente tenha uma vida boa". 

Esta vida boa consegue-se com salários dignos, com aumentos de salários e não baixando simplesmente impostos, que não resolvem nada. E prova disso é que, por exemplo, na Madeira temos o IRC mais baixo do país, temos um PIB superior a 6 mil milhões de euros, mas as pessoas vivem mal." Dina Letra

Neste sentido, o Bloco de Esquerda-Madeira defende uma redistribuição da riqueza: "Sabemos que as redes de distribuição tiveram lucros milionários à custa da inflação e do empobrecimento generalizado da população, mas isso não se reflecte depois em melhores salários. Há centenas de mulheres e homens que garantem a operação nas redes de distribuição, que continuam a receber os salários mínimos, que continuam a ser explorados e continuam a ter horários totalmente incompatíveis, desregulados e incompatíveis com a sua rede familiar".

Por isso, o partido defende leques salariais para impulsionar a subida dos salários intermédios. "O Bloco entende que é possível aplicar leques salarias nas organizações para que o valor que é criado seja distribuído por toda a rede de valor que criou esta riqueza", reforçou a candidata, acrescentando que os trabalhadores constroem a riqueza das organizações e "merecem ser ressarcidos com dignidade pelo trabalho que produzem".

"Entendemos que os leques salariais serão uma forma de impulsionar os salários intermédios porque é indecente, até, que um administrador ganhe mais num mês do que aquilo que paga ao seu trabalhador numa vida inteira de trabalho. Isto tem de acabar", concluiu.