Madeira iniciou colheita de órgãos humanos há 33 anos
Recorde a edição de 4 de Março de 1991 neste ‘Canal Memória’
Foi em 1991 que a Madeira passou a recolher órgãos para serem doados a pacientes nacionais. O programa de recolha era coordenado na Região por Eduard Richard Maul e os primeiros órgãos a serem colhidos foram rins.
Num trabalho publicado pelo DIÁRIO a 4 de Março de 1991, era explicado todo o processo que estava por detrás de um transplante de órgãos, com Alfredo Mota, do Centro de Histocompatibilidade de Coimbra, a explicar que todos somos potenciais doadores e que não faz sentido pensar em não doar, quando o que nos vai acontecer depois da morte é transformarmo-nos em pó.
Apesar do avanço na recolha, nessa data, na Madeira, ainda não era possível proceder ao transplante, pelo que os órgãos recolhidos seriam enviados para uma unidade com capacidade para tal. O número de potenciais dadores que estava a surgir na Região compensava a instalação desta equipa na Região.
Caso Ivone iria conhecer desfecho
Ainda na edição de 4 de Março, o DIÁRIO dava conta de que, nesse dia, se iria saber o desfecho do 'Caso Ivone', uma vez que estava prevista a leitura da sentença do principal suspeito. António Jorge Pestana era acusado pelo homicídio da própria namorada, Ivone, na altura com 28 anos.
O homem admitia que a tinha estrangulado, naquilo que descreveu como uma cegueira proporcionada pela raiva, tendo deixado o corpo em cima do muro da estrada que liga o Seixal ao Porto Moniz, enquanto tinha ido apagar as luzes do carro. Acontece que quando voltou ao local, o corpo já lá não se encontrava. Esta era a sua versão, mas a acusação acreditava que tinha atirado o corpo ao mar.
Na edição do dia seguinte, o nosso matutino dava conta de que o noivo tinha sido sentenciado a 9 anos de prisão pelo crime de homicídio, mas que a sua defesa já tinha anunciado que ira recorrer da decisão.