Número de mortos no ataque israelita no norte da Síria sobe para 53
O número de mortos nos bombardeamentos israelitas que visaram a região de Alepo, na sexta-feira, subiu para 53, incluindo 38 soldados das forças governamentais sírias, anunciou hoje o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
Além dos soldados sírios, sete membros do grupo xiita libanês Hezbollah e oito milicianos sírios apoiados pelo Irão foram mortos no ataque mais mortífero contra o país árabe nos últimos três anos, adianta a organização não-governamental sediada no Reino Unido, que conta com uma vasta rede de fontes na Síria.
As ações visaram um depósito de mísseis pertencentes ao Hezbollah libanês, grupo fundamentalista xiita apoiado pelo Irão e que luta ao lado do regime sírio, bem como outras instalações utilizadas por este grupo.
Uma fonte militar não identificada disse à agência noticiosa oficial síria Sana que o ataque ocorreu por volta das 01:45 locais de sexta-feira (22:45 de quinta-feira, hora de Portugal), quando "o inimigo israelita lançou uma agressão aérea a partir de Athriya, a sudeste de Alepo", que matou um número não especificado de "civis e militares".
No entanto, o Observatório disse não ter registado quaisquer vítimas civis nestes ataques.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros sírio classificou o ataque de "agressão terrorista" e apelou à comunidade internacional para que "assuma as suas responsabilidades face às repetidas e graves violações dos princípios do direito internacional por parte de Israel".
O exército israelita efetuou centenas de ataques aéreos na Síria desde o início da guerra neste país vizinho, visando sobretudo os grupos pró-iranianos.
Os ataques aumentaram desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.
Israel raramente comenta os ataques que realiza, mas afirma que não vai permitir que o Irão, inimigo declarado do Estado hebraico, se estabeleça junto às fronteiras do país.