O “ilegal”
O deputado do Chega pela Europa José Fernandes (JF) confirmou em entrevista ao Lusojornal que foi imigrante ilegal em França, em 1976 fez a sua 1.ª tentativa para lá entrar ilegalmente, foi expulso 2 vezes e só à 3.ª tentativa viu a sua situação regularizada, não por um governo de extrema direita como pretende o Chega, mas pelo governo socialista de François Mitterrand.
Seria mais um caso trivial de quem emigrou à procura de melhor vida como é o caso da esmagadora maioria dos emigrantes seja qual for a sua nacionalidade e o país para onde emigram.
Só não é porque JF para além de ter sido legalizado por um governo que era contra a xenofobia e não escorraçava os imigrantes, vem agora como deputado dar mostras de um despudor que roça a perfídia ao afirmar que não está contra a lei que o expulsou 2 vezes, assim sendo está contra a lei que o legalizou e a isto chama-se ingratidão.
Ao contrário das mentiras e contradições de JF e André Ventura (AV) ao defender as posições xenófobas e anti-imigração do seu partido proclamando que precisamos de “pessoas para trabalhar e que não venham para impor a sua cultura, a sua religião e costumes”, a grande maioria dos imigrantes procuram trabalho nomeadamente o que os portugueses rejeitam, sujeitando-se muitas vezes a condições sub-humanas para o conseguirem, tal como muitos portugueses se sujeitaram no passado ao emigrarem para França e não para impor-nos o que quer que seja, nem viver à custa da Seg. Social da qual foram em 2022 contribuintes líquidos em 1,6 mil milhões de euros com um rácio contributivo de 87/100, sendo o dos contribuintes nacionais de 47/100.
AV tentou justificar a escolha de JF para deputado inventando mais uma aldrabice como é seu hábito ao afirmar que o mesmo “fugiu à guerra, à ditadura” quando em 1976 já não havia guerra nem ditadura.
AV segue a “cartilha” do PCP que mesmo sem ganhar celebra cada resultado eleitoral como uma vitória, distorcendo a realidade dos factos para enganar os portugueses.
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