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Mais de 32.500 mortos e 75.000 feridos após 175 dias de guerra na Faixa de Gaza

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Foto EPA

O Ministério da Saúde da Gaza e o exército israelita atualizaram hoje para mais de 32.500 mortos e 75.000 feridos o número de vítimas após 175 dias de guerra na Faixa de Gaza.

Este número de mortos não inclui os mais de 8.000 corpos que as autoridades locais estimam estarem ainda sob os escombros, uma vez que as equipas de ambulâncias e de defesa civil não conseguem chegar até eles.

"A ocupação israelita cometeu sete massacres contra famílias na Faixa de Gaza, causando 71 mártires e 112 feridos durante as últimas 24 horas", afirmou hoje o porta-voz da saúde de Gaza em comunicado.

No último dia, dezenas de civis palestinianos foram mortos ou feridos numa série de ataques aéreos israelitas em várias zonas do enclave, informaram hoje fontes palestinianas e médicas locais.

O cerco militar ao hospital Shifa, no norte da cidade de Gaza, continua pelo décimo segundo dia consecutivo e, nas últimas 24 horas, as tropas israelitas terão matado membros das milícias na zona e localizado "armas e infraestruturas terroristas", segundo um comunicado militar citado pela agência EFE.

As imediações do hospital, no bairro de Al Rimal, têm sido bombardeadas nos últimos dias e as zonas residenciais reduzidas a escombros, segundo o Governo do Hamas.

Aviões de guerra israelitas bombardearam na noite de quinta-feira edifícios residenciais nas proximidades da Torre al-Wehda, no bairro de Nasr, na zona ocidental da cidade de Gaza, e no bairro de Tel al-Hawa, a sul da cidade, "causando mortos e feridos", informou, por seu turno, a agência noticiosa palestiniana Wafa.

"As forças de ocupação israelitas também atacaram um grupo de civis a sul do campo de refugiados de al Shati, na cidade de Gaza, causando vários feridos", acrescentou.

Já um porta-voz militar israelita confirmou, na quinta-feira, que desde o início do último ataque a Al Shifa, a 18 de março, cerca de 200 milicianos foram mortos, enquanto cerca de mil pessoas foram detidas, incluindo 513 ligadas ao "Hamas ou à Jihad Islâmica Palestiniana".

No Sul, em Khan Younis, onde Israel iniciou uma invasão terrestre em dezembro de 2023, pelo menos 12 civis foram mortos quando os caças israelitas atacaram uma casa pertencente à família Muammar, informou o Ministério da Saúde de Gaza.

No centro do enclave palestiniano, o exército de Israel informou hoje ter matado um número desconhecido de milicianos e encontrado "numerosos rockets" que foram destruídos. Além disso, os caças eliminaram "uma célula terrorista num complexo próximo", acrescentou.