China apoia "independência" da Venezuela face a processo eleitoral e às críticas dos EUA
A China reafirmou hoje o seu apoio "à soberania e independência" da Venezuela no contexto das eleições presidenciais, nas quais María Corina Machado, vencedora das primárias da oposição realizadas no ano passado, não poderá concorrer.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, sublinhou que o Governo venezuelano deve conduzir o processo eleitoral em conformidade com "a sua Constituição e as leis nacionais", "sem interferências externas".
Lin Jian expressou o desejo da China de que as eleições na Venezuela "se desenvolvam de forma estável e bem-sucedida" e exortou a comunidade internacional a "desempenhar um papel positivo" para esse efeito.
Na quarta-feira, os Estados Unidos apelaram ao Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para que permita que todos os candidatos da oposição que desejem participar nas eleições presidenciais de julho o façam.
A Administração de Joe Biden reiterou assim a sua posição perante a desqualificação de Corina Machado e a impossibilidade da principal coligação anti-Chávez, a Plataforma Democrática Unida (PUD), de inscrever a académica Corina Yoris como substituta.
Líderes internacionais, como os presidentes do Brasil, Lula da Silva, e da França, Emmanuel Macron, manifestaram esta semana preocupação com as próximas eleições no país caribenho.
As relações entre Pequim e Caracas foram reforçadas após a visita de Maduro no ano passado à China, em busca de novas parcerias, investimentos e tecnologia, especialmente nas "zonas económicas especiais" do país sul-americano.