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Chega critica executivo "iminentemente partidário" com "pouca sociedade civil"

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TIAGO PETINGA/LUSA

O presidente do Chega, André Ventura, criticou hoje a composição do XXIV Governo Constitucional, considerando-o "eminentemente partidário", com "pouca sociedade civil", defendendo que o social-democrata Luís Montenegro ficou "muito aquém".

"É um governo eminentemente partidário. Luís Montenegro optou por fazer um governo composto essencialmente por figuras da cúpula do PSD, do seu círculo político de proximidade. Talvez as circunstâncias políticas o possam justificar, mas mostra uma insuficiente capacidade de ter ido à sociedade civil", defendeu.

André Ventura falava aos jornalistas na Assembleia da República momentos depois de ter sido conhecida a lista de ministros entregue hoje pelo presidente do PSD e primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e que tomará posse no dia 02 de abril.

O líder do Chega saudou o executivo social-democrata - "a sorte do Governo será a nossa sorte" -- e disse esperar que seja priorizada a resolução de problemas urgentes, como as reivindicações das forças de segurança.

"Luís Montenegro ficou muito aquém do que podia ter feito hoje, dando uma ideia de que quer criar uma estrutura de continuidade em relação aos vários governos de António Costa", lamentou, considerando que o social-democrata podia ter "feito bastante mais para dar ao país um sinal de que estava empenhado na redução dessas estruturas, dessas gorduras do Estado".

Na opinião de André Ventura, o presidente do PSD "optou por não fazer um governo reformista".

O primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, e os ministros do XXIV Governo Constitucional tomam posse na terça-feira e os secretários de Estado dois dias depois. O debate do programa de Governo está marcado para 11 e 12 de abril.