PCP defende que "não é justo" que quem trabalha esteja abaixo do limiar da pobreza
Na continuidade da campanha 'Força de Abril', o PCP voltou hoje a realizar uma acção de contacto, desta feita com os trabalhadores do sector da construção civil e dos transportes públicos.
Na iniciativa, junto à Empresa Horários do Funchal, Ricardo Lume denunciou que é na Madeira onde existe uma maior taxa de trabalhadores em risco de pobreza são 15,2%, "ou seja, mais de 19.000 madeirenses que mesmo trabalhando oito ou mais horas por dia o rendimento que levam para casa não é suficiente para dar resposta às necessidades das suas famílias".
Não é justo que quem trabalha esteja abaixo do limiar da pobreza devido à precariedade laboral e aos baixos salários. Não é justo que quem é responsável pela criação da riqueza da Região empobreça a trabalhar. Ricardo Lume, deputado do PCP-Madeira
O deputado madeirense explicou ainda que esta realidade só acontece devido à "injusta" distribuição da riqueza. "Actualmente na Região cerca de 56% da riqueza total está nas mãos de 5% da população madeirense, enquanto que a nível nacional 42% da riqueza total está nas mãos de 5% da população portuguesa", sublinhoum acrescentando que "é necessário uma nova política" que garanta uma "justa distribuição da riqueza, que combata os baixos salários e a precariedade laboral".