Líderes do PS e do PSD reunidos à distância mas ambos no parlamento
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, e o presidente do PSD, Luís Montenegro, estão reunidos à distância, embora se encontrem ambos no parlamento, disse à Lusa fonte da bancada do PS.
O encontro, que foi noticiado esta madrugada, pelo jornal Público, terá começado pelas 09:30 através de plataformas digitais e destina-se a tentar resolver o impasse depois das três tentativas falhadas de eleger o presidente da Assembleia da República na terça-feira.
Luís Montenegro encontra-se no gabinete do grupo parlamentar do PSD e Pedro Nuno Santos também na Assembleia da República, noutro local, e irá seguir da reunião com Montenegro para outra com a bancada socialista.
O candidato a presidente da Assembleia da República do PSD, José Pedro Aguiar-Branco, e o secretário-geral, Hugo Soares, candidato a líder parlamentar, entraram na sala do grupo parlamentar já depois das 10:00, constatou a Lusa no local.
O PS tinha reunião do grupo parlamentar marcada para as 10:15 e a bancada do PSD também irá reunir-se pelas 10:30.
Os deputados voltam hoje a reunir-se em plenário às 12:00 para tentar eleger, pela quarta vez, o presidente da Assembleia da República, e as candidaturas terão de ser apresentadas até às 11:00
Em causa está a eleição do presidente da Assembleia da República, que tem de ser realizada na primeira reunião plenária da legislatura por maioria absoluta dos votos dos deputados em efetividade de funções (116).
A primeira eleição do presidente do parlamento, feita por voto secreto, começou pelas 15:00 de terça-feira, apenas com o deputado social-democrata José Pedro Aguiar-Branco como candidato.
Pelas 17:00, era anunciado o primeiro falhanço desta eleição para presidente da Assembleia da República, já que o antigo ministro da Defesa obteve 89 votos a favor, 134 brancos e sete nulos.
Cerca de uma hora depois o PSD retirou a candidatura, mas pelas 19:00 o antigo ministro da Defesa voltou a reapresentá-la.
Pela mesma hora, o PS decidia avançar com a candidatura de Francisco Assis e o Chega de Manuela Tender.
Na primeira volta, o socialista vence por uma margem curta (90 contra 88 de Aguiar-Branco) e a deputada do Chega ficaria pelo caminho com 49 votos.
À segunda volta -- terceira tentativa de eleição -, repete-se novo falhanço, com resultados muito semelhantes: 90 votos para Assis e 88 para Aguiar-Branco, sem que nenhum conseguisse a necessária maioria absoluta de votos favoráveis.