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Madeira

SPEA desafia cidadãos da Madeira e Porto Santo a contarem mantas

É já no fim-de-semana de 6 e 7 de Abril que decorre mais um Censo de Mantas na Madeira e Porto Santo promovido pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves

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É já no fim-de-semana de 6 e 7 de Abril que decorre mais um Censo de Mantas na Madeira e Porto Santo promovido pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), que desafia os cidadãos da Madeira e Porto Santo a olhar o céu em busca desta ave emblemática.

"Junte a família e amigos e saia à rua para contar mantas. A metodologia é muito simples, basta realizar um ou mais percursos, anotando quantas mantas observou. É recomendável realizar as contagens entre as 10 e as 14 horas, período coincidente com uma maior atividade destas aves”, afirma Cátia Gouveia, coordenadora da SPEA Madeira, através de uma nota de imprensa. 

Depois de concluído o censo, cada voluntário receberá um certificado de participação e será informado dos resultados do censo em primeira mão. Toda a informação sobre o censo encontra-se em www.spea.pt.

Mesmo que não se tenha inscrito neste censo, se porventura observar alguma manta durante o fim-de-semana, faça-nos chegar o seu registo através do email [email protected]. Com o contributo de todos podemos ter um retrato mais fiel sobre o estado de conservação das mantas no Arquipélago da Madeira”.  Cátia Gouveia 

Esta, é a maior das três aves de rapina diurnas nidificantes no arquipélago da Madeira, sendo, portanto, de fácil identificação pelo seu tamanho. A sua plumagem é predominantemente castanha, com a parte interior das asas esbranquiçada, além de uma cauda listrada e quadrada. Tanto o bico como as patas são amarelos. Nesta altura do ano, por estar na época de reprodução encontram-se mais ativas e vocais.

Na Madeira, as mantas podem ser observadas desde as zonas florestais até aos centros urbanos, geralmente em voo ou pousadas em pontos altos de onde conseguem avistar as suas presas, tais como ratos, aves, coelhos, répteis, anfíbios, insetos e minhocas. Este predador de topo é um verdadeiro aliado no combate a pragas, mantendo o equilíbrio dos ecossistemas. Apesar de ser considerada pouco ameaçada a nível do seu estatuto de conservação, esta rapina sofre com a perda de habitat, envenenamento e eletrocussão em linhas eléctricas.

Em 2023, 52 miúdos e graúdos voluntariamente percorreram mais de 750km ao longo da Ilha da Madeira e Porto Santo. Foram observadas um total de 151 mantas, sendo possível estimar que existem 278 aves no arquipélago.