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Madeira

Madeirense detido na Indonésia arrisca pena máxima de 20 anos

Rui Viana, de 21 anos, foi detido no domingo pelo alegado transporte de dois quilos de cocaína num voo de Lisboa para Jacarta

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Foto Facebook de Rui Viana

Uma pena mínima de cinco e máxima 20 anos de prisão é o que pode enfrentar o madeirense Rui Viana, um dos dois jovens portugueses detidos, no passado domingo, pelo alegado transporte de dois quilos de cocaína num voo de Lisboa para Jacarta. A notícia foi avançada pela imprensa local, que cita as autoridades, e está ser difundida nos media nacionais.

Segundo a polícia indonésia, o jovem de 21 anos, filho de Rui Óscar, antigo futebolista do Marítimo, que também representou o FC Porto e o Boavista, transportava cocaína líquida em frascos de shampoo. Rui Viana foi detido logo à chegada ao país, no aeroporto, quando a sua mala foi revista. 

"Prendemos um homem com as iniciais RPAV [Rui Viana] no dia 17 de Março, que actuava como estafeta", referiu o director da Ditres Narkoba, Kombes Pol Hengki acrescentando que, em troca, terá recebido "um pagamento de seis mil euros".

"Um dos frascos de champô continha cocaína líquida com um peso bruto de 977,2 mililitros ou 1005,4 gramas. Um segundo frasco com um peso bruto de 709,3 mililitros ou 729,7 gramas. E o outro frasco de champô pesava 912,4 mililitros ou 938,7 gramas. Portanto, a [quantidade total] era 2.598,9 mililitros ou 2.673,8 gramas", explicou ainda responsável pela investigação.

A polícia apreendeu ainda 6 mil euros em dinheiro, dois passaportes e três telemóveis. 

O madeirense é apontado como sendo o ‘correio de droga’, enquanto o segundo português detido, identificado apenas pelas iniciais FMGS, seria o destinatário e foi apanhado em Bali.

De acordo com a imprensa local, a dupla está indiciada por um articulado legal que prevê pelo crime de tráfico de droga uma pena mínima de cinco anos e um máximo de 20 anos de prisão, livrando-se assim de uma possível condenação à pena perpétua ou, mesmo, à pena de morte.

Jovem madeirense detido na Indonésia por droga arrisca condenação à morte?

A notícia da detenção na Indonésia de dois jovens portugueses, um dos quais madeirense de 21 anos, no passado domingo, pelo alegado transporte de dois quilos de cocaína num voo de Lisboa para Jacarta (com escala no Dubai), veio lembrar o severo quadro penal vigente naquele país asiático para o crime de tráfico de estupefacientes. O advogado português Manuel Luís Ferreira, ouvido pela RTP, referiu que quem é apanhado com “mais de 5 gramas ou mais do que um quilo” de droga pode ser condenado a pena de “prisão perpétua ou pena de morte”. Será mesmo assim?