"País está num estado lastimável e carece de reformas urgentes", afirma Francisco Gomes
A tomar posse esta terça-feira, o deputado eleito pelo Chega Madeira à Assembleia da República, Francisco Gomes, reconhece que o mandato que está prestes a começar está 'revestido' de "características específicas" e que vão exigir uma "enorme capacidade de análise, ponderação e diálogo" por parte dos partidos e intervenientes.
“O facto de estarmos à beira de ter um governo da República assente numa minoria parlamentar não é, só por si, um factor que determine instabilidade e a eminência de novas eleições. Acredito que todos os partidos com representação parlamentar estão bem cientes de que não podemos andar constantemente em eleições, pois o país está num estado lastimável e carece de reformas urgentes", disse o deputado eleito.
Apesar desta não ser a primeira vez no Parlamento nacional, Francisco Gomes admite que o novo mandato parlamentar acarreta responsabilidades "únicas" e uma "grande" capacidade de trabalho. "Vários factores contribuem para que seja uma experiência diferente, a começar pelo facto de ser o único deputado da Madeira no grupo parlamentar, o que me confere uma responsabilidade acrescida na defesa dos temas que dizem respeito à nossa realidade social e política. A juntar a isso, temos as grandes expectativas que recaem sobre o Chega. As pessoas querem que façamos a diferença e conferiram-nos um mandato expressivo. Urge, pois, honrar essa confiança com capacidade de trabalho e propostas que melhorem a vida dos cidadãos, que andam há muito a ser maltratados", acrescentou.
Por fim, no que concerne às principais linhas orientadoras da sua acção parlamentar, o deputado pelo Chega Madeira identifica o o reforço da autonomia, a luta contra a corrupção, o combate à pobreza e o apoio ao jovens, idosos e trabalhadores, como prioridades.
"Temos que ter mais e melhor autonomia para que sejamos mais donos da nossa própria vida e para que tenhamos o poder de definir políticas que são essenciais ao nosso crescimento. A juntar a isto, é urgente limpar o país dos que abusam dos nossos recursos e espezinham a população. Ainda, temos que acabar com a miséria a que tantos cidadãos estão condenados, incluindo gente que trabalha e paga os seus impostos. Por fim, temos de ser capazes de criar oportunidades para os jovens (quer a nível profissional, quer ao nível da habitação) e tratar com dignidade os idosos e aqueles que trabalham. Por outras palavras, temos de ser um país ara todos – e não um país de espertos, corruptos e oportunistas", finaliza.