China puniu 269 pessoas ligadas a "práticas espirituais" ilegais desde 2018
As autoridades chinesas puniram criminalmente 269 pessoas desde 2018 pela intensificação da repressão contra "práticas espirituais", anunciou hoje a polícia.
Estas atividades, que "prometem melhorias na vida através de práticas pseudocientíficas e espirituais", têm estado sob vigilância especial nos últimos anos, lê-se no portal oficial da polícia chinesa.
As forças especiais investigaram uma série de organizações que realizam atividades de formação ilegal sob o pretexto de "cura espiritual" e "estimulação potencial" ou que se referem a "civilizações alienígenas" e "energias que mudam a vida".
Foram aplicadas sanções contra várias instituições que oferecem serviços de "cultivo espiritual" em todo o país, condenando os envolvidos a penas de prisão que variam entre cinco e 17 anos por operações comerciais ilegais, utilização de crenças supersticiosas para minar a lei, fraude, violação e outros crimes.
As autoridades explicaram que estas atividades "distorcem conceitos" relacionados com a psicologia, o sucesso e a tecnologia moderna para promover o chamado "cultivo espiritual".
Segundo a mesma fonte, estas instituições "implementam o controlo da mente" através de sessões privadas, utilizando métodos que incluem o isolamento, a hipnose, a lavagem cerebral, a sugestão psicológica e a auto-negação.
Estas organizações ilegais expandem ainda as suas equipas através da adesão e do proselitismo e, em muitos casos, de esquemas de venda em pirâmide, acumulando grandes somas de dinheiro.
As forças de segurança acrescentaram que, em resultado deste "controlo da mente", houve vários casos de praticantes que recusaram tratamento médico ou cometeram suicídio.
As autoridades de segurança pública instaram a sociedade a "reconhecer a natureza e os danos" destas atividades e a resistir a tais "práticas espirituais".