Pelo menos 20 mortos em operação do exército israelita em Khan Yunis
O exército israelita afirmou hoje ter matado pelo menos 20 pessoas na área do hospital de Al-Amal, que está cercado desde o domingo, em Khan Yunis, recordando que já deteve 500 combatentes do Hamas e da Jihad Islâmica em Gaza.
"As Forças de Defesa de Israel e o Shin Bet continuam as suas atividades operacionais no hospital de Al-Shifa (na Cidade de Gaza) e na área de Al-Amal", declarou um comunicado militar, garantindo que as duas operações estão a ser realizadas sem causar danos a civis, pacientes, profissionais de saúde ou equipamento médico.
O exército israelita declarou que as suas tropas estão a manter "ataques direcionados e precisos contra infraestruturas terroristas" na área do hospital Al-Amal, no oeste de Khan Yunis, depois de ter cercado o centro hospitalar no domingo, bem como no vizinho hospital Al-Nasser.
"Mais de 20 terroristas foram eliminados na área de Al-Amal durante o último dia em combates corpo a corpo e ataques aéreos", referiu hoje o exército de Israel num comunicado.
O Crescente Vermelho Palestiniano, que gere o hospital Al-Amal, relatou no domingo a morte de um voluntário da organização e de um civil devido aos ataques israelitas, antes de as tropas israelitas ordenarem a retirada de todos os pacientes e a deslocação para a área de Al-Mawasi.
"Só restam o pessoal do hospital, além de nove pacientes e 10 acompanhantes, e uma família deslocada com crianças em condições especiais", disse no domingo à noite a organização, denunciando que as forças israelitas cercaram todo o hospital e cortaram o acesso com barricadas.
O exército israelita indicou hoje que facilitou a saída de centenas de habitantes da zona de Al-Amal e interrogou dezenas de suspeitos na área, onde encontraram dispositivos explosivos, armamentos e equipamentos militares.
Pelo oitavo dia consecutivo, as tropas israelitas mantêm a sua operação militar no hospital de Al-Shifa, onde afirmam ter detido mais de 500 "terroristas" e matado cerca de 170 combatentes.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo islamita Hamas, relatou a morte de pelo menos 18 pacientes devido à impossibilidade de realizar tratamentos e operações e à falta de medicamentos.
Os meios de comunicação palestinianos relataram que centenas de pessoas em edifícios ao redor de Al-Shifa foram forçadas a deixar suas casas pelas tropas israelitas, sem ter para onde ir.
Além das suas operações nos hospitais Al-Shifa e Al-Amal, o exército israelita disse que eliminou "vários terroristas" em emboscadas com franco-atiradores e ataques aéreos em diferentes partes do enclave, sublinhando que a sua força aérea atacou cerca de 50 objetivos militares das milícias palestinianas.