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União Europeia condena "atroz" atentado na Rússia

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Foto JOHANNA GERON / POOL / AFP

O alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, condenou hoje veementemente o "atroz" atentado de sexta-feira "contra pessoas indefesas" nos arredores de Moscovo, que fez 115 vítimas mortais, segundo os últimos dados atualizados.

"Condeno nos termos mais enérgicos o atroz atentado perpetrado ontem à noite nos arredores de Moscovo. O terrorismo voltou a atentar contra pessoas indefesas. A comunidade internacional deve permanecer firmemente unida contra o flagelo do terrorismo", publicou Borrell na conta oficial da rede social X.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia apelou à comunidade internacional para condenar o ataque, que até ao momento causou 115 mortes, de acordo com a informação do Comité de Instrução Russo, órgão que investiga o massacre.

Na sexta-feira, a UE expressou consternação face ao atentado e rejeitou "qualquer ataque contra civis", através do porta-voz do Serviço Europeu de Ação Externa (o corpo diplomático da UE), Peter Stano, na conta oficial da rede X.

Segundo os inspetores russos, as causas da morte das pessoas que assistiam ao concerto no momento em que ocorreu o atentado são ferimentos provocados por balas e asfixia, pelo fumo de um incêndio causado pelos atacantes.

O Serviço Federal de Segurança (FSB, na sigla m inglês) anunciou a detenção de 11 pessoas relacionadas com o atentado.

Entre os detidos, encontram-se quatro terroristas que participaram pessoalmente no ataque, segundo o diretor do FSB, Alexandr Bórtnikov, que informou o Presidente russo, Vladimir Putin.

Os suspeitos, que ofereceram resistência, foram detidos numa estrada na região de Briansk, fronteira com a Ucrânia.

De acordo com os serviços de segurança russos, os terroristas pretendiam cruzar a fronteira até à Ucrânia e mantinham "contactos" com representantes deste país.

A Ucrânia assegurou que "nada tem a ver" com este atentado. Também se demarcaram do ataque os voluntários russos que lutam ao lado dos ucranianos e que protagonizaram várias incursões em território russo.

Atualmente, nos hospitais de Moscovo e na região desta cidade encontram-se 107 feridos no atentado, que foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico.

Segundo fontes médicas, 44 pessoas encontram-se em estado grave e outras 16 vítimas, entre as quais uma criança, em estado "muito grave".