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"O mundo está farto" do "pesadelo sem fim" na Faixa de Gaza

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FOTO KHALED ELFIQI/EPA

O "mundo está farto" deste "pesadelo sem fim", afirmou hoje o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, no Egito, arredores de Gaza, após mais de cinco meses de guerra entre Israel e Hamas no território palestiniano.

"Em Gaza, os palestinianos estão mergulhados num pesadelo sem fim", afirmou António Guterres a partir do posto fronteiriço de Rafah, através do qual a ajuda humanitária destinada aos habitantes de Gaza está a chegar, frisou o secretário-geral da ONU, numa visita aos limites da Faixa de Gaza.

Lamentando "as casas destruídas, as famílias e gerações inteiras perdidas e a fome que paira sobre a população", António Guterres voltou a apelar para um cessar-fogo entre Israel e o movimento islamita Hamas, para pôr fim ao "pesadelo" neste território palestiniano sitiado.

Depois de cinco meses e meio de uma guerra devastadora na Faixa de Gaza, mergulhando-a numa situação humanitária catastrófica, António Guterres deslocou-se ao lado egípcio da cidade fronteiriça de Rafah, onde afirmou ter vindo chamar a atenção para a "dor" dos habitantes de Gaza, "presos num pesadelo sem fim".

"Nada justifica os horríveis ataques do Hamas a 07 de outubro", referiu.

"E nada justifica o castigo coletivo de que é vítima o povo palestiniano. Agora, mais do que nunca, é altura de um cessar-fogo humanitário imediato", sustentou.

Os confrontos não abrandaram na Faixa de Gaza, em especial nas imediações do hospital al-Chifa, na Cidade de Gaza (norte), onde o exército israelita iniciou na segunda-feira uma operação com dezenas de veículos blindados, com base em informações segundo as quais o hospital estaria a ser utilizado por "terroristas de alta patente do Hamas".

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas em solo israelita em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades de Israel.

Desde então, Israel tem em curso uma ofensiva em Gaza que provocou mais de 32.000 mortos, de acordo com o balanço mais recente do Ministério da Saúde do Hamas.

O grupo islamita palestiniano, que controla Gaza desde 2007, é classificado como uma organização terroristas por Israel, Estados Unidos e União Europeia.