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Madeira

Mais de 40 pessoas com pulseira ‘Estou aqui adultos’

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A iniciativa Café Memória deste sábado, 23 de Março, aborda o tema ‘Policiamento de proximidade’, onde dois elementos da Polícia de Segurança Pública informaram os utentes sobre o programa ‘Estou aqui adultos’.

Segundo dados da PSP mais de 40 pessoas na Madeira têm uma pulseira para que possam ser encontradas quando desorientadas ou inconscientes na via pública devido Alzheimer ou demência.

São várias as ocorrências na Região desta natureza, refere a PSP, daí a importância das pessoas com estas patologias estarem identificadas.

O pedido pode ser feito pelo utilizador ou familiar no site ‘Estou aqui’ adultos. A inscrição carece de dados alfanuméricos sobre a pessoa.

A pulseira tem a validade de dois anos e, ao fim deste período, os interessados devem realizar um novo registo e levantar uma nova pulseira numa esquadra da PSP.

Lucília Nóbrega, psicóloga e coordenadora da iniciativa ‘Café Memória’ explicou, aos jornalistas, que tem vindo a crescer o número de pessoas com estas patologias, principalmente em pessoas mais jovens. "Temos cada mais jovens com o diagnóstico de demência, mas que ainda têm muita autonomia. Isto acaba por ser um apoio fundamental para as pessoas, para sentirem que estão seguras, e também para a família, ao saber que o seu familiar tem uma pulseira e que numa situação de urgência/emergência sabem que a PSP também estará atenta", confirmou. 

"Nós cada vez mais temos identificado factores de risco, existem imensos. Mas também notámos que a população, também as próprias pessoas que sofrem que problemas de memória, pode ser demência ou não, estão mais sensíveis para o seu próprio diagnóstico e para a procura activa para si próprio. Há cada vez mais pessoas jovens, sem dúvida,  mas isso pode ser também devido à sensibilização da procura após o diagnóstico de ajuda na comunidade", referiu a responsável, adiantando que entre os factores de risco podem estar as depressões, a poluição atmosférica e problemas auditivos.

Acrescenta que o estigma ainda se encontra muito presente: "Há muito estigma e as pessoas muitas vezes ainda sentem aquele impedimento de procurar ajuda ou até de falar com as pessoas do seu conhecimento sobre o facto de terem o diagnóstico".