Previsões de crescimento económico são "boas notícias" para futuro do país
O primeiro-ministro cessante, António Costa, considerou hoje que as previsões de crescimento da economia portuguesa, divulgadas pelo Banco de Portugal, são "boas notícias" e defendeu que os portugueses podem ter expectativas positivas sobre o futuro.
"Eu não vou falar de questões de política interna [...], tudo o que vi no boletim do Banco de Portugal são boas notícias e confirmar as boas expectativas que os portugueses podem ter no futuro da nossa economia", disse António Costa, em conferência de imprensa no final de uma reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas.
O Banco de Portugal reviu hoje em alta a previsão de crescimento das exportações este ano, para 3,5%, apesar da desaceleração face ao ano anterior, com o turismo a manter um dinamismo superior.
No Boletim Económico de março, o regulador bancário revela-se mais otimista face a dezembro sobre um dos principais motores do crescimento da economia portuguesa, para a qual espera uma expansão de 2,4% este ano.
A entidade liderada por Mário Centeno aponta para um crescimento das exportações de 3,5% este ano e de 4% em 2025, quando anteriormente previa uma taxa de 2,4% e 4%, respetivamente.
Ainda assim, a taxa de crescimento desacelera face aos 4,2% registados em 2023, refletindo a evolução da procura externa e ganhos de quota de mercado mais moderados.
A influenciar este desempenho está um crescimento anual da componente de serviços de 4% em 2024--25 e de 3,3% em 2026, com o turismo a manter este ano "um dinamismo superior ao do total das exportações".
"As perspetivas para o setor a nível mundial mantêm-se favoráveis e, num contexto de elevados riscos geopolíticos, as exportações de serviços deverão continuar a beneficiar da perceção de Portugal como destino turístico seguro", justifica.
Já as exportações de bens deverão recuperar, crescendo 3,2% em 2024 e 3,7%, em média, nos anos seguintes.
O grau de abertura da economia - avaliado pela soma das exportações e das importações em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) -- deverá continuar a aumentar, atingindo 95% no final do horizonte, o que compara com 91% em 2023 e 86% em 2019.
Já o investimento, outro dos motores do avanço da economia, deverá aumentar 3,6% este ano e 4,8%, em média, em 2025-26, com a recuperação da procura global, o alívio gradual das condições de financiamento e a maior execução financeira do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e de outros fundos europeus.