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Madeira

'Confiança' lamenta paralisação da reabilitação urbana no Funchal

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A coligação 'Confiança' lamenta a desordem que se verifica no Funchal e critica a paralisação da reabilitação urbana no concelho, situação que, no entender dos vereadores da oposição, justifica o facto de a inacção da autarquia, agora liderada por Cristina Pedra, da coligação 'Funchal Sempre à Frente', não merecer "qualquer relevo no Relatório do Estado do Ordenamento do Território (REOT) apresentado recentemente". 

Em comunicado enviado às redacções, referem que "a reabilitação urbana foi assumida como uma prioridade no mandato anterior, contribuindo não só para o desígnio colectivo da sustentabilidade, mas também para a requalificação do espaço público em benefício dos munícipes".

Para exemplificar essa prioridade referem a sua consagração no Programa de Execução do PDM, aprovado em 2018, bem como a sua materialização nas várias iniciativas levadas a cabo, entre as quais a delimitação de Áreas de Reabilitação Urbana, com as respectivas operações.

A 'Confiança' promoveu a pedonização da Rua Fernão de Ornelas, a requalificação do Bom Jesus, a intervenção nas redes do Bairro dos Moinhos e reabilitação do antigo Matadouro Municipal, deixando prontos os projectos de revitalização da Praça do Município e da Rua das Pretas e o Plano de Pormenor essencial à reconversão do quarteirão do Ornelas. Miguel Silva Gouveia, vereador da coligação 'Confiança'

Relembrando as posições críticas assumidas pelo presidente da Secção Regional da Ordem dos Engenheiros, por ocasião da celebração do ‘Dia Regional do Engenheiro', Miguel Silva Gouveia diz que "o Funchal está entregue aos grandes promotores imobiliários que decidem o que querem, como querem e quando querem, no que diz respeito ao ordenamento do território", criticando o facto de nem os projectos que o anterior executivo terá deixado prontos se avançaram. 

Por todas essas razões, o vereador da oposição diz que estará atento "à desordem em curso no território e a qualquer revisão do PDM que, ao invés de salvaguardar o interesse público, sirva os grandes interesses imobiliários, oferecendo mais volumetria a empreendimentos já anunciados, mas ainda por licenciar".

Nos assuntos da ordem de trabalhos, a equipa da Confiança absteve-se nas propostas de Orçamento Suplementar e Assembleia Geral Extraordinária, uma vez que as mesmas servem apenas o propósito de corrigir vários processos que já deveriam estar concluídos. A necessidade de aprovar estar propostas à pressa são a prova cabal da incapacidade deste executivo em colocar projectos no terreno, acumulando sucessivos atrasos, numa cada vez mais indisfarçável gestão da cidade por ‘tentativa e erro’.