Quinze cidadãos norte-americanos evacuados do Haiti de helicóptero
Os Estados Unidos retiraram hoje 15 dos seus cidadãos no Haiti através de um voo de helicóptero de Port-au-Prince para a República Dominicana, informou o Departamento de Estado norte-americano, citado pela EFE.
Em comunicado, Washington adiantou que espera evacuar cerca de 30 cidadãos norte-americanos por dia com voos de helicóptero entre Porto Príncipe e Santo Domingo, capital da República Dominicana.
"Esperamos que estes helicópteros façam várias viagens para tentar chegar ao maior número possível de cidadãos norte-americanos", comentou Vedant Patel, porta-voz do Departamento de Estado, em conferência de imprensa.
Chegados a Santo Domingo, os cidadãos norte-americanos foram recebidos por pessoal consular, mas é da sua responsabilidade organizar o seu regresso aos Estados Unidos.
Patel revelou que há pelo menos 1.600 norte-americanos no Haiti que contactaram os serviços consulares, mas nem todos pediram para sair do Haiti. Existem ainda outros que se encontram em locais distantes e de difícil acesso aos helicópteros.
O porta-voz garantiu que os Estados Unidos não avançariam para esta operação se não acreditassem que era seguro fazê-lo e se não tivessem a experiência necessária para o fazer com sucesso.
"A situação no terreno é um dos fatores mais importantes para determinar a frequência com que o podemos fazer", frisou.
No domingo passado, os Estados Unidos já tinham retirado 30 dos seus cidadãos num voo para Miami a partir de Cap-Haïtien, 200 quilómetros a norte de Port-au-Prince.
O Departamento de Estado anunciou que irá considerar voos adicionais a partir de Cap-Haïtien - para além das evacuações a partir de Port-au-Prince - se os seus cidadãos conseguirem sair do enclave no norte do país.
As embaixadas e as organizações internacionais têm vindo a reduzir e a evacuar o seu pessoal no Haiti nos últimos dias devido à escalada de violência dos grupos armados no país desde o final de fevereiro.
Na passada segunda-feira, o primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, divulgou numa mensagem à nação que se demitirá assim que estiver em funções um conselho presidencial de transição, que terá de chegar a acordo sobre um novo chefe de governo e abrir caminho a eleições presidenciais.