"É uma falta de respeito dizer que o PS/M cumpriu e vai cumprir com os nossos emigrantes"
O presidente do Núcleo de Emigrantes do PSD/M insurgiu-se hoje contra aquilo que considera ser "mais do que uma mentira, uma falta de respeito para com todos os que sentiram, na pele, a falta de resposta do Estado Português quando mais precisavam". Carlos Fernandes aponta o dedo: "É, no mínimo, caricato ver o PS/M prometer apoios e falar em solidariedade para com os portugueses que regressaram à nossa Região, quando, na realidade – e mesmo apesar de termos tido, na República, um secretário de Estado das Comunidades que era madeirense e que agora é o cabeça-de-lista deste partido – essa solidariedade e esses tais apoios falharam, em toda a linha, nestes últimos anos."
Para Carlos Fernandes, entre outras falhas diz que "o cabeça-de-lista do PS/M parece ter esquecido", por exemplo, do "Programa 'Regressar' – ao qual os emigrantes que regressaram à Região foram impedidos de aceder – ou, mesmo, ao facto de ter sido este partido a não resolver os problemas dos lesados do Banif e que lhes virou as costas, lesados que, na sua maioria, eram madeirenses da nossa diáspora". Isto, acrescenta, além "do aproveitamento que os socialistas fizeram da nossa comunidade na Venezuela que, durante a pandemia, queriam regressar e pagaram preços exorbitantes nas ligações aéreas, nos ditos 'voos de repatriamento' e, ainda, lhes queriam cobrar testes de Covid a preços excessivos em Lisboa, quando na Madeira esses testes eram suportados pelo Governo Regional", reforçou exemplos.
O presidente do Núcleo de Emigrantes que, "a propósito da solidariedade agora prometida pelo PS/M aos emigrantes, levanta algumas questões", diz uma nota do partido, por exemplo: "Por falarmos em ligações aéreas e na nossa tão estimada comunidade da África do Sul, onde é que estão os voos prometidos para aquele país? Como é que ficou a promessa da melhoria do funcionamento dos consulados, quando temos bem presente na memória o que aconteceu na Suíça ou em Londres? Onde está a tal solidariedade que prometeram garantir sem nunca cumprir com o Serviço Regional de Saúde para ajudar os portugueses que regressaram da Venezuela à Região? Ou será que, ao fim de oito anos no poder central, é só agora que vão cumprir, depois de terem prejudicado milhares e milhares de pessoas?."