"Se querem perceber a necessidade da bitcoin vão a África"
Jack Dorsey, fundador da rede Twiter, hoje rede X, foi esta tarde peremptório sobre as vantagens da bitcoin. Dirigindo-se à plateia que enchia parte da bancada sul do Estádio dos Barreiros, disse: "Se querem perceber os impactos da bitcoin vão a África ou vão à América do Sul ou vão à América Central, e falem individualmente com as pessoas e com aquelas que trabalham em regime de opening source'.
A comparação e a chamada de atenção não é mais do que uma evidência da fragilidade do sistema monetário desses países, com inflações galopantes e com a depreciação da moeda abruptas, muito por causa das más políticas impostas pelos governos.
As palavras aconteceram durante a Conferência 'Atlantis Bitcoin', logo depois da activista, Farida Nabourema, cidadã do Togo, ter falado sobre o facto da bitcoin proporcionar mais liberdade e ser mais igualitária, uma experiência vivida na própria pele e num país ditatorial.
Dorsey há muito que é defensor de protocolos de código em regime aberto cuja bitcoin pode ser usada para pagamentos daí que tivesse criado a Block Inc. A Web 5 é outro dos exemplos criados para resolver problemas como os que existem nestes continentes. Disse ainda acreditar que o desenvolvimento de código aberto, aliado à bitcoin, permitirá que todos participem da economia futura.
Dorsey afirmou ainda que "nunca quis gerir uma empresa, nem nunca quis ser ceo de uma companhia, mas sempre quis estar ligado ao regime de open source", a única razão que o levou a estar em cima do palco que pisava, "e a razão para fazer o que faz e "retribuir com os recursos que tenho alcançado".
Mas disse mais sobre vantagens ou benefícios: "A coisa mais bonita da bitcoin é cada um pode contribuir para que se torne melhor" considerando ter sido uma "criação espantosa" e "uma inversão de um ciclo", referindo-se ao sistema monetário tradicional usado pela maioria dos países que para si fica aquém de um sistemas com tamanha propriedade como a bitcoin possui, aliás disse mesmo não saber "se existirá outro melhor", observou.
"Quando escolhes abrir uma empresa, escolhes um particular padrão. E quando contratas funcionários escolhes duas opções: ou pagas com dinheiro, que pode ser muito para essas pessoas, ou pagas num sistema padrão mais igual (...) o problema é que ninguém se interessa com teu principal propósito. Todos dizem que sim, mas na verdade estão preocupados com o crescimento das suas margens. É uma armadilha", expressou.