“Enquanto não conseguirmos resolver a crise na habitação não conseguiremos resolver outros problemas”
A candidatura do CHEGA-Madeira às eleições para a Assembleia da República esteve hoje no Bairro da Nazaré, em São Martinho, e no Bairro da Argentina, em Câmara de Lobos, abordando, entre outros, o tema da habitação.
Na ocasião relembrou que “ao longo da última década, um grupo de factores tem contribuindo para o aumento exponencial do custo da habitação, para a escassez de casas disponíveis no mercado e para a especulação imobiliária”, juntando-se ainda “dificuldades no acesso ao crédito à habitação e o baixo poder de compra, que têm dificultado exponencialmente o acesso das pessoas ao marcado imobiliário”.
“Para contrariar esta situação, a candidatura do CHEGA avança com um número de medidas, entre as quais abolir o IMT e o IMI na compra de habitação própria permanente, isentar o pagamento de IVA na aquisição da primeira habitação, estabelecer parcerias entre o sector público e o sector privado para disponibilizar terrenos adequados à construção habitacional, reverter a possibilidade de arrendamento forçado de habitações devolutas, simplificação do licenciamento para a construção de habitações, criação de uma linha especial de crédito à habitação para jovens que garanta o financiamento a cem por cento e faça do Estado o fiador do empréstimo e, por fim, o lançamento de um imposto especial sobre os lucros da banca, com os fundos assim recolhidos a serem empregues em programas de habitação social”, referiu junto da população o cabeça de lista do CHEGA à Assembleia da República.
Para Francisco Gomes, “é inaceitável o que se está a passar no sector da habitação, não só porque impede um número elevado de jovens de começarem a construir a sua família e a conquistar uma vida com dignidade, mas também porque está a afastar os cidadãos que trabalham e pagam os seus impostos das suas próprias cidades, como se a terra onde nasceram fosse cada vez menos sua e cada vez mais a propriedade do licitador mais chorudo e de esquemas de especulação”.
Para o candidato do CHEGA, “enquanto não conseguirmos resolver a crise na habitação não conseguiremos resolver outros problemas que lhe estão associados, tais como o envelhecimento demográfico, a fixação dos jovens em Portugal, a recuperação do parque imobiliário e a eliminação da postura abusiva que certa banca tem promovido face aos cidadãos, que são aqueles que já investiram mais de vinte mil milhões de euros no regaste da mesma banca que agora os explora sem piedade alguma.”
Francisco Gomes garante ainda que “as reformas avançadas pelo CHEGA não são uma solução fraca ou temporária, mas uma reforma de fundo de áreas importantes que têm de ser urgentemente resolvidas. Portugal e a Madeira, como é óbvio, não podem continuar a ser um paraíso para os ricos e uma frustração para os muitos que cá vivem. São precisas medidas sérias e exequíveis, que dignifiquem as pessoas e lhes confiram a qualidade de vida que tanto merecem”.