DNOTICIAS.PT
Mundo

Embaixadora portuguesa em Moscovo prestou "derradeira homenagem" a Navalny

None
Foto X/Twitter

Portugal fez-se representar na sexta-feira no funeral de Alexei Navalny através da embaixadora em Moscovo, que prestou uma "derradeira homenagem à memória" do opositor russo, divulgou a embaixada portuguesa na Rússia.

"A embaixadora de Portugal, Madalena Fischer, esteve entre os embaixadores de países da União Europeia e milhares de cidadãos russos que ontem [sexta-feira] depositaram flores na campa de Alexei Navalny, numa derradeira homenagem à memória do político russo", adianta a embaixada portuguesa, na sua página na rede social X.

A publicação é acompanhada por uma fotografia da campa de Navalny, com a imagem do opositor, falecido no dia 16 de fevereiro na prisão, e uma cruz, coberta de flores.

A embaixada partilha ainda uma publicação, de sexta-feira, da embaixada da União Europeia (UE) na Rússia, que refere que o embaixador Roland Galharague e diplomatas da UE "depositaram flores na campa" de Navalny.

"Um interminável fluxo de pessoas está a vir para se despedir do político. Os nossos pensamentos estão com a sua família e o povo russo. Esta tarde estavam a cantar 'A Rússia será livre'. Que possa tornar-se realidade", lê-se na mensagem da embaixada dos 27 em Moscovo.

Os embaixadores da França e da Alemanha deslocaram-se ao local, juntamente com três figuras da oposição ainda em liberdade: Evguéni Roïzman, Boris Nadejdine e Ekaterina Dountsova. Também o encarregado de negócios italiano esteve presente.

Milhares de pessoas desafiaram as autoridades russas e concentraram-se junto à igreja de Moscovo para assistir ao funeral do ativista Alexei Navalny, apesar dos avisos de que não serão permitidas manifestações ilegais.

Pelo menos 128 pessoas, incluindo dois menores, foram detidas na sexta-feira, na Rússia, em manifestações de homenagem, segundo o mais recente balanço da organização não-governamental (ONG) especializada OVD-Info.

Crítico declarado do regime do Presidente russo, Vladimir Putin, e carismático defensor da luta contra a corrupção, Navalny morreu aos 47 anos em circunstâncias ainda pouco claras.

Os serviços prisionais disseram que sofreu um colapso súbito após uma caminhada na colónia penal do Ártico onde cumpria uma pena de 19 anos por extremismo e a certidão de óbito menciona causa natural.

Os seus associados, a viúva Yulia Navalnaia e muitos líderes ocidentais acusam Putin de ser o responsável pela morte de Navalny.

A Presidência russa negou tais acusações.