Pedro Nuno espera que Montenegro apresente a Marcelo "solução de Governo estável" na 4.ªfeira
O secretário-geral do PS afirmou hoje esperar que o líder do PSD, Luís Montenegro, apresente esta quarta-feira ao Presidente da República "uma solução de Governo estável", reiterando que caberá ao seu partido ser oposição.
No final de uma audiência de cerca de duas horas com o Presidente da República no Palácio de Belém - em que esteve acompanhado pelo presidente do PS, Carlos César, e pela dirigente do Secretariado Nacional do partido Alexandra Leitão -, Pedro Nuno Santos sublinhou que não se perspetiva "nenhuma alteração profunda" dos resultados eleitorais com a contagem dos círculos da emigração".
"Por isso, nós chegamos a esta audiência com o senhor Presidente da República sem uma solução de Governo apoiado por uma maioria. Esse é o facto mais relevante: o país precisa de um Governo estável, o PS não tem uma maioria para apresentar", frisou.
Pedro Nuno Santos recordou que, depois de ter assumido a derrota do PS no passado domingo, o líder do PSD, Luís Montenegro, fez um discurso em que se apresentou "não só como vencedor, mas com a expectativa de poder ser indigitado para formar Governo".
"Portanto, aquilo que se espera é que o líder da coligação amanhã [quarta-feira] apresente uma solução de Governo estável. O país precisa de um Governo forte, estável, mas precisa também de uma oposição estável, forte e sólida. É isso que nós seremos", salientou.
O secretário-geral do PS defendeu que "é ao líder do PSD e ao potencial primeiro-ministro, o mais que provável primeiro-ministro, que tem de se pedir as condições de governabilidade necessárias e que o país precisa".
"O país precisa de estabilidade, não podemos é pedir ao PS que seja o garante de um Governo sobre o qual discorda", frisou.
Questionado se considera, tal como Alexandra Leitão defendeu este domingo, que o PS deve ser convidado a formar Governo caso os círculos eleitorais da emigração lhe deem a vitória, Pedro Nuno Santos considerou que "não faz sentido estar a laborar sobre cenários que não têm quase nenhuma probabilidade de se verificarem".
"Não ganhamos nada com isso. Esclareci desde logo no domingo e julgo que a contagem nos vai dar razão. (...) Não vou fazer nenhuma conjetura sobre cenários que não têm grande probabilidade de se verificarem", afirmou.
Questionado se, além de uma maioria estável e forte, também espera que a AD apresenta uma "maioria duradoura para a legislatura", Pedro Nuno Santos respondeu: "Nós temos sempre a expectativa de que um Governo apresente uma solução que seja de estabilidade".
"Mas isso já não é a mim que têm de perguntar", acrescentou.