DNOTICIAS.PT
Madeira

JPP não desiste de ouvir no Parlamento os promotores do Teleférico do Curral

None

O JPP continua à espera, há 2 meses, pelo agendamento da audição parlamentar ao Presidente do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN), Manuel Filipe, e aos representantes da empresa privada 'Inspire Capital Atlantic', vencedora do contrato de concessão do Teleférico do Curral das Freiras, com duração de 50 anos, renovável por mais 10 anos.

"Foi a 3 de janeiro que o JPP requereu, com urgência, a audição parlamentar às diferentes entidades ligadas ao mediático Teleférico do Curral das Freiras, nomeadamente à Secretária Regional com a tutela do Ambiente, Rafaela Fernandes, ao Presidente do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza, Manuel Filipe, pedindo ainda para ouvir a empresa de contabilidade “Opção Divina, Lda.” autora do Estudo de Viabilidade Económico e Financeira do Teleférico e Parque Aventura do Curral das Freiras e a empresa que ganhou a concessão de 60 anos – a “Inspire Capital Atlantic'". Élvio Sousa, deputado do JPP

O JPP entende que, dada a importância e urgência destas auscultações, "num negócio de concessão envolto em contornos pouco claros, e que pode resultar em mais um negócio ruinoso para a Região, foi dado conhecimento a todas as bancadas parlamentares nesta data".

Porém, "foi com surpresa e desagrado que o JPP assistiu a uma recusa do Parlamento em ouvir a Secretária Regional do Ambiente e a empresa de contabilidade autora do Estudo de Viabilidade Económico e Financeira deste projecto, com os votos contra do PSD, sem que existisse qualquer justificação para este secretismo em torno deste negócio ruinoso que coloca em causa a sustentabilidade das finanças regionais, bem como a preservação da biodiversidade local".

"Tão grave quanto isto, é o facto de, mais de dois meses depois, o JPP continuar a aguardar pelo agendamento das duas audições parlamentares aprovadas [Inspire Capital Atlantic e do IFCN],  numa demora injustificada que prejudica o interesse público e que coloca em causa o poder fiscalizador do Parlamento, e acumula as dúvidas sobre o modo “encapuzado” como o governo PSD/CDS e PAN conduzem esta negociação, e que se junta a uma já extensa lista de negócios com a chancela PSD, que são lesivos para o erário, e que levaram a uma dívida histórica que todos nós somos sempre chamados a pagar", nota Élvio Sousa no comunicado de imprensa.