100 mil rastreios por ano é meta a atingir nos próximos anos
Call Center do Centro de Rastreios da RAM deverá ser reforçado e melhorado
Num futuro próximo a Madeira deverá atingir os 100 mil rastreios por ano, perspectivou Pedro Ramos, secretário regional da Saúde, durante a visita do presidente do Governo Regional ao Call Center do Centro dos Rastreios da RAM, no Centro Dr. Agostinho Cardoso, no Campo da Barca, Funchal.
“Provavelmente no futuro vamos fazer cerca de 100 mil rastreios por ano a toda a população”, revelou no final da visita.
Numa altura em que a Região dispõe de cinco rastreios de base populacional, três dos quais iniciaram-se em 2022, casos do Cancro do Colo do Útero (iniciou em Agosto 2022), do Cancro do Cólon e Reto (iniciou em Julho 2022) e da Saúde Visual Infantil (iniciou em Novembro 2022), que vieram reforçar os rastreios que já vinham sendo feitos ao Cancro da Mama (iniciou em 1999) e à Retinopatia Diabética (iniciou em 2007), Pedro Ramos fala em investimento “extremamente elevado”, mas sem apontar números, uma aposta que pretende garantir “sobrevivências aumentadas e a morbilidade e mortalidade reduzida”.
Oportunidade para reafirmar que no caso do Cancro da Mama o rastreio deverá ser alargado a mais idade de modo a actuar preventivamente, nesta que diz ser uma prioridade em termos de saúde pública. Tudo porque no último ano foram detectados 93 casos, sendo “19 destes casos abaixo dos 45 anos e 9 casos acima dos 69 anos”.
Depois de visitar o Call Center dedicado a responder a todas as questões relacionadas com os rastreios de base populacional disponíveis na Região, o presidente do Governo Regional reforçou que importa “sensibilizar os madeirenses e porto-santenses para a importância de fazerem os rastreios”, cruciais para “detectar qualquer índice de doença quando é possível ser um tratamento mais suave e mais eficaz”.
A importância da doença, nomeadamente do foro oncológico, ser detectada numa fase precoce garante “mais eficácia” no seu tratamento mas também “menos despesa, quer para o utente, mas sobretudo para os contribuintes”, sublinhou.
Oportunidade para assumir o compromisso de melhorar o serviço Call Center.
“Vamos ter que aumentar o Call Center para seis pessoas e a necessidade de ter um Call Center com outras condições” de modo a também “reforçar e acelerar os rastreios”, disse.
A disponibilização de um serviço de Call Center dedicado aos rastreios surge como uma ferramenta estratégica para facilitar as tarefas inerentes à realização dos rastreios (convocatórias e registos), acompanhar e esclarecer o público a rastrear, e melhorar o atendimento à população.
As convocatórias para os rastreios são feitas através de chamada telefónica, por SMS ou por correio electrónico.
O rastreio do cancro colorretal destina-se a pessoas assintomáticas (homens e mulheres) com idade entre os 50 e os 74 anos. É realizado de 2 em 2 anos, com pesquisa de sangue oculto nas fezes.
O rastreio do cancro do colo do útero destina-se a todas as mulheres (assintomáticas) com idade entre os 25 e os 60 anos. O rastreio deve ser repetido a cada 5 anos.
O rastreio do cancro da mama destina-se a todas as mulheres (assintomáticas) com idade entre os 45 e os 74 anos. O rastreio deve ser repetido a cada 2 anos.
O rastreio de Saúde Visual Infantil destina-se a todas as crianças que completam 4 anos.
O rastreio da Retinopatia Diabética destina-se a todos os diabéticos, com idade igual ou superior a 12 anos. O rastreio deve ser repetido a cada 2 anos.