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Ajudas aérea e marítima à faixa de Gaza não são alternativa à terrestre

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A chegada de ajuda humanitária à faixa de Gaza pelas vias aérea e marítima não é uma verdadeira alternativa àquela que deveria chegar por terra, alertou hoje o coordenador humanitário da ONU naquela região.

Os meios alternativos ajudam a aliviar as graves necessidades na faixa, admitiu James McGoldrick, que pediu, no entanto, a abertura de mais corredores humanitários para fazer face ao perigo de fome naquele território.

"A única maneira de fazer chegar importantes cargas de alimentos, materiais e outras ajudas a toda a faixa de Gaza é por terra", disse o coordenador numa conferência de imprensa, a partir de Jerusalém, para os meios de comunicação acreditados junto da ONU, em Genebra.

O irlandês ocupa o cargo desde dezembro e indicou que continua a existir uma necessidade urgente de abrir mais passagens fronteiriças com Gaza, incluindo no norte da faixa, onde os abastecimentos poderão chegar através do porto israelita de Ashdod, nas proximidades daquela região.

Atualmente, explicou McGoldrick, chegam a Gaza cerca de 200 camiões com ajuda, menos de metade dos 500 que chegavam antes do conflito, o que é "insuficiente para satisfazer as necessidades".

A isto somam-se as dificuldades no planeamento dos envios e armazenamentos, acrescentou o representante do Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU, assegurando que "não é possível planear para além das próximas 48 a 72 horas, devido à incerteza na região".

A necessidade de aumentar a chegada de ajuda torna-se ainda mais urgente após relatório de agências da ONU e outras organizações indicarem hoje que a situação alimentar de cerca de 1,1 milhões de palestinianos em Gaza, metade da população da faixa, é catastrófica e que o risco de fome é iminente.