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Madeira

80 operacionais estiveram no simulacro de um acidente junto ao Pináculo

O objectivo desta operação, realizada esta manhã, foi testar a capacidade de resposta dos vários mecanismos de socorro

Foto DR/CMF/André Ferreira
Foto DR/CMF/André Ferreira

Com o objectivo de articular a intervenção dos diversos agentes de protecção civil (APC) realizou-se, hoje, um exercício e um simulacro à escala total, na Estrada Conde Carvalhal, junto ao Miradouro, mais conhecido por Pináculo.

De acordo com explicação da autarquia do Funchal, "o exercício consistiu na colisão entre um veículo ligeiro de passageiros e um pesado de transporte público, com capotamento lateral do pesado e lateral consecutivo do ligeiro, resultando 3 mortos e 13 sinistrados". Ao mesmo tempo, foi efectuado "um simulacro de buscas de socorro em montanha, devido à suspeita de um dos ocupantes do veículo ligeiro ter sido projetado para a falésia junto do miradouro", continua a explicar.

Na iniciativa, dinamizada pela Câmara Municipal do Funchal, participaram vários Agentes de Proteção Civil do Concelho, a saber: Companhia de Bombeiros Sapadores do Funchal (CBSF), Bombeiros Voluntários Madeirenses (BVM), Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), Equipa Médica de Intervenção Rápida (EMIR), Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC), Comando Regional de Operações de Socorro (CROS), Comando Operacional da Madeira – Forças Armadas (COPMAD), Polícia de Segurança Pública (PSP), Guarda Nacional Republicana (GNR) e Autoridade Marítima (Capitania do Funchal)."

No total, "nesta operação estiveram envolvidos 80 operacionais que executaram o reconhecimento visual com recurso a drones, ao mesmo tempo que era feito o reconhecimento presencial, recorrendo a equipas de socorro em montanha e terrestres, estas últimas transportadas por via marítima para o Teatro de Operações e que recorreram a binómios cinotécnicos".

No local estiveram, entre outros, a presidente e o vice-presidente da Câmara Municipal do Funchal, Cristiana Pedra e Bruno Pereira, respectivamente, sendo que além destes, as demais entidades das forças de segurança e da protecção civil acompanharam no local toda a operação.

Cristina Pedra explicou aos jornalistas que "este exercício/simulacro teve por objectivo planear e ver como decorrem as operações para aplicar num eventual caso real. Foram activados vários mecanismos de socorro, numa cooperação e trabalho em rede com as diversas forças, havendo uma especialização que se prova que é fundamental nestas intervenções", acredita.

Quanto a ilações, "o exercício foi devidamente planeado e será elaborado o respetivo relatório de avaliação", frisa a nota da CMF. Esta iniciativa decorreu no âmbito de 'Março Mês da Proteção Civil', organizado pelo Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) e pela Companhia de Bombeiros Sapadores do Funchal.

O comandante José Minas destacou um aprendizado à partida. É que o plano operacional seria realizar, em simultâneo, o reconhecimento presencial a partir do mar e a descida de meios em rappel, mas por questão de segurança as mesmas t~em de actuar à vez. Sendo primeiro necessário a visualização pelos meios desembarcados no calhau e, só depois, para evitar queda de pedras em cima dos elementos em baixo, os meios descem pelas cordas.