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Dois mortos e mais de 48 mil afectados por tempestade em Moçambique

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O número de mortes em resultado da passagem da tempestade tropical "Filipo" por Moçambique subiu para dois e há mais de 48 mil pessoas afetadas, avançou ontem Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

"De acordo com a informação disponível, a área mais afetada é a cidade de Maputo, com 25.455 pessoas afetadas (2% da população total)", refere um comunicado da OCHA, que cita dados do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres  (INGD).

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inam) confirmou que a tempestade tropical severa "Filipo" entrou no continente pelas 05:00 (03:00 em Lisboa) de terça-feira, pelo distrito de Inhassoro, província de Inhambane, seguindo para sudoeste, nomeadamente Gaza e Maputo, com rajadas de vento até 120 quilómetros por hora.

"Danos em infraestruturas incluem 8 mil casas parcial e totalmente danificadas, 146 escolas(22.442 alunos) afetados junto com 51 unidades de saúde", lê-se no documento do OCHA, que aponta alimentação e abrigo como algumas das prioridades na assistência às populações.

A tempestade "Filipo" deixou quase 100 mil pessoas sem energia elétrica, segundo a empresa pública Eletricidade de Moçambique, além de causar a destruição de casas e outras infraestruturas nas regiões afetadas.

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.