'Filha do Mar' sai da Praia do Seixal para a Galeria Belard em Lisboa
Nos dias 12 e 13 de Março, a icónica Praia do Seixal, na Ilha da Madeira, testemunhou um evento marcante na cena cultural:
A Galeria Belard, espaço inovador de Arte Contemporânea, situada em Lisboa, produziu uma performance única, da visionária artista cubana Alejandra Glez, em parceria com a Quinta de São João/Galeria Lourdes, cujo material comporá a exposição individual de Alejandra Glez na Galeria Belard, em Lisboa.
Esta exposição, intitulada 'Filha do Mar' destaca-se como uma extensão do projecto global '7 Watery Tales" da artista', explorando narrativas relacionadas aos diversos corpos de água.
A Galeria Belard surge como um espaço inovador de Arte Contemporânea, motivado por uma visão que celebra a diversidade artística. Comprometida em "criar um ambiente dinâmico que captiva e inspira", a galeria visa estabelecer-se como "um pilar cultural, unindo artistas, colecionadores e entusiastas de arte globalmente", afirma Catarina Mantero, fundadora da Galeria Belard.
Alejandra Glez, uma artista multidisciplinar cubana, autodidata, cujo trabalho tem-se focado na desconstrução de estereótipos associados ao corpo feminino, escolheu a Ilha da Madeira como palco para sua performance em homenagem à cemi taína Guabancex, a Senhora dos Ventos. Esta cerimônia psicossomática explora a interligação entre as deusas do vento e do mar, representadas por Oyá e Olukún, ressaltando a importância das raízes culturais e espirituais da artista.
A produção da performance na Madeira foi possível graças ao apoio generoso do mecenas Eng. Aurelio Tavares, proprietário da Quinta de São João e da Galeria Lourdes, cujo compromisso com a promoção da arte e cultura tornou possível esta colaboração única. Além disso, a participação de seis bailarinos madeirenses na performance solidificou a ligação entre a expressão artística e a comunidade local.
“A escolha da Madeira como local para a obra de Alejandra Glez não só enriquece a experiência artística, mas também destaca a beleza natural e a riqueza cultural da ilha", destaca Catarina Mantero. "Esta parceria é um símbolo da importância do diálogo intercultural e da preservação do patrimônio artístico e ambiental".
A exposição 'Filha do Mar', na Galeria Belard, que apresentará os resultados da performance "OYALOKUN", oferecerá ao público uma experiência visual e sensorial única, destacando a interligação entre a cultura latina, raízes insulares e a força simbólica do mar e do vento.
Sobre Alejandra Glez
Alejandra Glez (1996), uma artista multidisciplinar cubana, autodidata e actualmente baseada em Madrid, tem consolidado uma carreira notável na cena artística internacional. A sua obra singular concentra-se na desconstrução de estereótipos e estigmas associados ao corpo feminino, explorando temas ligados às religiões afrocaribenhas, à memória coletiva e à espiritualidade emergente da relação entre o ser humano e o mar.
O sucesso de Glez tem sido destacado por uma série de exposições e performances em todo o mundo. Em 2023, apresentou a performance "Rezos Rituales y Altares", com curadoria de David Barro, no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira do Rio de Janeiro, além de sua performance "Daughter" em uma praia de Tel Aviv, Israel.
Em Fevereiro de 2022, realizou a performance 'Volver a Nacer' no Museu Nacional Thyssen-Bornemisza, como parte do programa 'Visión y Presencia', comissariado por Semíramis González. No mesmo ano, expôs na ARCOmadrid 2022, no stand da Fundação ENAIRE, como vencedora do Prémio de Fotografia Jovem. A sua trajetória inclui conquistas como: a Bolsa Máster PHotoESPAÑA em Fotografia, Teorias e Projetos Artísticos, e a distinção de ser a primeira artista cubana a ter um 'drop' totalmente dedicado à promoção de sua obra no mercado de NFTs. Em 2020, foi finalista da XIV edição do Arte Laguna Prize, na categoria de videoarte, o que lhe proporcionou expor sua obra premiada na sede Arsenale da Bienal de Veneza, solidificando seu lugar como uma voz influente na cena artística contemporânea.