JPP afirma que Câmara do Funchal "esconde despesas das viagens luxuosas"
O Juntos Pelo Povo, numa conferência de imprensa realizada esta manhã, criticou a postura da Câmara Municipal do Funchal que, segundo o partido, apresenta falta de transparência no que respeita à realização de viagens. Élvio Sousa diz que vai avançar, novamente, para os tribunais, por forma a ter acesso a toda a documentação relacionada com estas despesas.
“Para quem afirmou que estaria disponível a mostrar os comprovativos de despesas realizados com a aquisição de serviços de viagens aéreas e marítimas e alojamentos por parte da Câmara Municipal do Funchal, aquela edilidade, seguindo a prática de Albuquerque, falhou novamente a entrega dessa documentação”, acusou o líder do JPP.
É nesse sentido que surge a indicação de que o partido vai avançar para tribunal, isto porque, o JPP pediu à Câmara Municipal do Funchal “a documentação referente aos contratos celebrados com duas agências de viagens, a relação das individualidades que viajaram na vigência desses contratos, os cartões de embarque e demais facturas, e Cristina Pedra falhou a entrega, não tendo nós outro remédio senão avançar novamente com requerimento de intimação judicial.”
Para quem dizia que não havia nada a esconder, e que havia gasto apenas 45 mil euros em viagens e estadias desde o início do mandato (isto em 2023), por que razão não satisfez o pedido em prol da transparência que apregoava, pois como se costuma dizer, quem não deve não teme. Élvio Sousa, JPP
Nesta conferência, fez questão de frisar o papel do JPP, indicando que o partido tem "servido de intermediário da transparência, um papel que temos desempenhado continuadamente, dia após dia, e que não há nenhum outro partido a fazê-lo”. "Uma vez mais para exercer os nossos direitos constitucionais, de acesso livre e generalizado aos documentos, e que devia ter sido satisfeito em dez dias, tivemos que ir para os tribunais para exercer o princípio da transparência. Esse comportamento é, pois, uma escola velha, caduca e sombria do “albuquerquismo”, de esconder a realidade dos cidadãos, não deixando que as provas possam fazer a aferição com as afirmações dos responsáveis da edilidade", atirou.
“Exercer uma fiscalização responsável não é dizer que vamos fazer, é concretizar na prática e exercer os direitos de acesso. Neste momento o JPP é o único partido a fazê-lo. Vamos aguardar que Cristina Pedra ponha a mão na consciência e que diga porque anda a esconder as faturas de viagens de luxo”, concluiu.