“Num partido onde todos pensam a mesma coisa, ninguém pensa grande coisa”
Uma frase proferida num Congresso do PSD Madeira, não há muitos anos, e que galvanizou na plateia muitos sociais-democratas. Galvanizou não só os mais jovens, como eu, que ingressavam na altura no partido, como galvanizou também sociais-democratas de todas as faixas etárias.
Em 2014 a pluralidade de candidaturas, pelo momento de debate e reflexão interna que provocou, com a mobilização e entusiasmo daí resultantes, foi fundamental para que o PSD se reinventasse na sociedade civil e surgisse, por conseguinte, com uma energia renovada. Uma energia que embalou o partido para um conjunto de vitórias eleitorais que ainda hoje o mantêm a liderar o desenvolvimento da Região.
O PSD é o partido mais heterogéneo e reformista em Portugal. Um reformismo que nos deve orgulhar a todos pela relação intrínseca que tem com o projecto autonómico inacabado da Região. A Autonomia foi a maior conquista histórica da Madeira e é também no aprofundamento estratégico desta que reside o futuro da Região.
Ter a capacidade de construir o nosso próprio caminho, com políticas próprias, num mundo cada vez mais globalizado e interdependente, sem fronteiras, é o melhor que pode acontecer a uma região que durante séculos viveu escrava do seu isolacionismo geográfico.
Foi o PSD que contruiu a Madeira que temos hoje - dentro dos parâmetros europeus, desenvolvida e com qualidade vida - e é também o PSD o único com capacidade de continuar a liderar o projecto autonomista. Pela capacidade que tem em captar jovens quadros, com espírito crítico e reivindicativo. Pela capacidade de se regenerar e refundar. Pela capacidade que sempre teve em ouvir a população, interpretar os seus anseios, e liderar a luta pelas suas reivindicações
Se o PSD não perceber em que tempo vive, pela primeira vez na história da Autonomia, vai ser ultrapassado. A sociedade civil exige eleições antecipadas. Umas eleições para as quais o PSD jamais poderá olhar com receio, mas sim como uma oportunidade para reforçar a sua confiança enquanto partido junto do eleitorado. Reforçar a sua confiança e credibilidade.
Este é o momento de o PSD debater internamente, sem condicionalismos, aproveitar o embalo da mobilização das bases e criar condições para apresentar aos madeirenses uma solução estável. Uma solução estável e credível que lidere a agenda do seu tempo. E, não menos importante, que consiga liderar pelo exemplo.
Mais do que nunca a classe política deve ser um exemplo de credibilidade e coragem. Sempre com muito orgulho nas conquistas e protagonistas da nossa história que muito nos honram. Pela Autonomia e pela Madeira. Eis o PSD!