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Turismo Madeira

Proveitos de aposento cresceram mais do que as dormidas em Janeiro

Proveito por quarto utilizado (ADR) no alojamento turístico da Região disparou quase 12% no primeiro mês de 2024

Foto Shutterstock
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As estimativas não podiam ser as melhores para os rendimentos do sector do alojamento turístico na Madeira que, apesar de ver as dormidas quase estagnar em Janeiro, conseguiram rentabilizar nos proveitos totais e nos proveitos de aposento a ainda forte procura do turismo para a Região. Desse modo, o rendimento por quarto utilizado disparou quase 12%, quando as dormidas apenas cresceram 0,1% e os proveitos totais cresceram 8,8% e os de aposento 8,9%.

Os dados referentes a Janeiro de 2024, divulgados esta manhã pela DREM (tal como o INE) "revelam que 83,9% dos estabelecimentos do alojamento turístico da RAM registaram movimento de hóspedes neste mês. Analisando por segmento, verifica-se que a hotelaria é aquele que apresenta maior percentagem de estabelecimentos com movimento de hóspedes (91,2%), seguido do alojamento local, com 83,7%, e do turismo no espaço rural, com 80,3%", começa por referir a autoridade estatística regional.

Assim, neste primeiro mês de 2024, "o número de dormidas no alojamento turístico aproximou-se dos 698,4 mil, traduzindo um acréscimo de 0,1% em comparação com o mês homólogo (697,4 mil)", ou seja basicamente mais mil dormidas, o que, como já havíamos referido, faz deste o melhor Janeiro de sempre em termos de dormidas.

"De sublinhar que, excluindo o alojamento local com menos de 10 camas" (tal como faz o Instituto Nacional de Estatística), "as dormidas do alojamento turístico registaram uma quebra de 3,1% relativamente a Janeiro de 2023, tendência idêntica à observada a nível nacional (-0,1%)", mas por outro lado "os proveitos totais e os de aposento" (que não contam com os AL com menos de 10 camas), "apresentaram crescimentos homólogos de 8,8% e de 8,9%, respetivamente, fixando-se, pela mesma ordem, nos 39,1 e nos 27,1 milhões de euros. No País, no mês em referência, as variações homólogas foram igualmente positivas, tanto nos proveitos totais (+9,4%), como nos de aposento (+8,5%)", garante a DREM.

"É importante realçar que a hotelaria concentrou 72,8% das dormidas de Janeiro de 2024 (508,2 mil), decrescendo 4,0% em termos homólogos, enquanto o alojamento local (25,0% do total) e o turismo no espaço rural (2,2% do total) cresceram 14,1% e 3,4%, pela mesma ordem", salienta, o que confirma que apesar da quebra verificada no principal motor do sector do Turismo, os hotéis, os proveitos continuaram a crescer.

"Analisando as dormidas nos três principais mercados emissores internacionais, no mês de janeiro de 2024, verificaram-se variações homólogas positivas nos mercados britânico (+3,8%) e francês (+0,8%), enquanto no mercado alemão observou-se uma quebra de 2,7%. As dormidas originadas pelo mercado nacional revelam um decréscimo de 8,6% face ao mês homólogo", acrescenta a Direção Regional de Estatística da Madeira.

Por outro lado, conferindo veracidade a estas conclusões, ateste que "no mês de janeiro de 2024, o valor da estada média no conjunto do alojamento turístico registou um aumento relativamente ao mesmo mês do ano anterior (4,82 noites), fixando-se nas 4,91 noites", ou seja maior tempo de estadia, sendo que "a taxa de ocupação-cama do alojamento turístico, no mês em referência, foi de 51,6%, 0,4 pontos percentuais (p.p.) abaixo do observado no mês homólogo (51,9%). Por sua vez, a taxa de ocupação-quarto atingiu os 58,5% (60,9% em Janeiro de 2023)", contrabalançando para os dados mais significativos.

Que são estes: "No mês de Janeiro de 2024, o RevPAR (proveitos de aposento por quarto disponível) rondou os 51,21 euros no conjunto do alojamento turístico (excluindo o alojamento local abaixo das 10 camas), +7,4% que no mesmo mês do ano precedente. Por sua vez, o proveito por quarto utilizado (ADR) no alojamento turístico passou de 78,23€, em Janeiro de 2023, para 87,54€, em Janeiro de 2024 (+11,9% de variação homóloga)." Estes números deixam a 'léguas de distância' os mesmos meses de anos anteriores, sendo que para o ADR só existem dados desde 2013.