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Israel reivindica a morte de 100 combatentes do Hamas em Khan Yunis

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O Exército israelita assegurou hoje que matou cerca de 100 combatentes em "incursões seletivas" e ataques aéreos durante 11 dias de ofensiva no bairro residencial de Hamad, em Khan Yunis, sul da Faixa de Gaza.

Segundo fontes médicas locais, nestas operações também foram mortos dezenas de civis.

"As operações incluíam incursões seletivas contra agentes terroristas e infraestrutura estabelecida em edifícios de vários andares, durante as quais foram aproximadamente eliminados 100 terroristas", assinalou hoje um comunicado militar, que se referiu a "mais de 100 ataques aéreos" em coordenação com tropas terrestres.

Segundo o comunicado, também foram detidos e interrogados diversos milicianos do Hamas, incluindo um comandante das forças de elite Nukhba, e que permitiu "dirigir as forças a outras infraestruturas" onde haveria mais combatentes, incluindo túneis e engenhos explosivos.

A invasão terrestre do bairro de Hamad, na sua maioria residencial e com cerca de 5.000 habitantes, foi desencadeada em 03 de março quando tanques israelitas cercaram a zona e iniciaram a destruição de diversas infraestruturas. Em simultâneo, altifalantes instalados em 'drones' pediam à população para abandonarem o local, indicou a agência palestiniana Wafa.

A mensagem transmitida pelos 'drones' israelitas indicava: "A todos os residentes da cidade de Hamad, estais numa zona de combate perigosa, o Exército israelita está a atuar nas proximidades". E exortava a população a deslocar-se para a vizinha região de Al Mawasi e em direção à cidade de Deir al Balah.

Fontes médicas indicaram que, desde o início desta ação militar israelita, foram mortos dezenas de civis em ataques e bombardeamentos contra habitações deste bairro financiado pelo Qatar, indicou a agência Wafa, para além das vítimas registadas "na localidade vizinha de Bani Suhaila e em outras áreas do norte de Khan Yunis".

Em mais de cinco meses do atual conflito, e na sequência dos ataques do Hamas em 07 de outubro, cerca de 31.300 pessoas já foram mortas pelos militares israelitas na Faixa de Gaza -- 72% mulheres e crianças segundo ministério da Saúde local controlado pelo Hamas -- e outras 73.000 ficaram feridas. Calcula-se ainda que cerca de 8.000 corpos permaneçam debaixo dos escombros.