Marca e produto Madeira têm "um valor incalculável"
O Modelo Continente Madeira voltou a reunir, esta quarta-feira, no Castanheiro Boutique Hotel, os seus parceiros e fornecedores locais do sector alimentar, sem incluir os produtos frescos, naquele que foi o terceiro encontro do género já realizado na Região.
Na mesa-redonda do evento, que foi subordinada ao tema 'O desafio das marcas num mercado em mudança’, o grupo convidou um painel composto por diversas marcas, entre as quais a Nestlé, a Empresa de Cervejas da Madeira, a Fábrica Chábom e a VA Spirits.
A ocasião serviu para identificar os desafios, algumas dificuldades, mas sobretudo as oportunidades e caminhos para os produtores e marcas fazerem uma reflexão, essencialmente no diz respeito ao grande potencial da marca Madeira. Nesse aspecto, todos os intervenientes partilharam a opinião de que esta marca tem um potencial muito elevado para continuar a crescer e para se consolidar no mercado regional, nacional como internacional.
Nesse sentido, o chef Júlio Pereira, novo propietário da Fábrica Chábom, empresa familiar com mais de 40 anos, defendeu a relevância da marca 'Madeira' como uma mais-valia para todos os produtores regionais.
"Há algo que posso colocar nas minhas embalagens que muita pouca gente pode fazer no país, que é colocar a marca Madeira", referiu.
A marca Madeira vende só por ser Madeira. Só por ser a palavra ilha da Madeira ela tem um valor incalculável e acho que todos nós temos que ser uns privilegiados em pode estar fisicamente na ilha e em poder ter empresas aqui, porque é uma mais-valia Júlio Pereira, proprietário da Fábrica Chábom
Continente procura "novas localizações" para as suas lojas na Madeira
O Grupo Sonae, com a marca Continente Madeira, está presente na Região com 16 lojas e com parcerias com 60 fornecedores regionais, o que demonstra o compromisso crescente com a Região e a sua produção local.
Na mesma senda, Regina Rodrigues, directora de vendas off trade da Empresa de Cervejas da Madeira, reforçou que "todos nós somos embaixadores" da marca Madeira. Portanto, destacou que quando os madeirenses vão consumir produtos que o devem fazer primeiro com o que é nosso.
"Temos que incutir isso nas nossas famílias e nos nossos amigos. Por isso, quando nós próprios sabemos o que de bom se produz aqui dentro e optamos por consumir produtos que não são nossos não estamos a ser bons embaixadores", sublinhou.
Também dando o exemplo dos Açores, que tem uma marca regional bastante forte e reconhecida, a representante das marcas próprias da MC Sonae, Ana Amaral, referiu que a Madeira tem capacidades para "fazer muito melhor".
"Deve aprender com aquilo que é bom, no que é foi feito nos Açores, mas deve avançar porque tem muito valor. Acho que a Madeira tem que priorizar, mais do que a escala, a valorização da sua marca. Sem dúvida, que o produto da Madeira tem um valor incalculável e espero que isso no futuro seja mais próximo do que distante", frisou.