Sonae com "resultados financeiros sólidos" e "níveis altíssimos" de investimento em 2023
A presidente executiva (CEO) da Sonae, Cláudia Azevedo, destacou hoje os "resultados financeiros sólidos" e os "níveis altíssimos" de investimento do grupo em 2023, que descreveu como um "ano muito desafiante e complexo".
Falando durante a apresentação de contas da Sonae, que decorre na Maia, no distrito do Porto, Cláudia Azevedo recordou 2023 como um "ano muito desafiante e complexo", marcado por "uma inflação altíssima, as taxas de juro mais altas dos anos mais recentes, duas guerras - na Ucrânia e Médio Oriente - e novas tecnologias a desenvolverem-se de maneira muito forte".
Neste "ambiente de mercado volátil", a CEO salientou que a Sonae "continua a investir em níveis altíssimos", tendo no ano passado aumentado o investimento em 30% face ao "já muito grande" nível pré-pandémico de 500 milhões de euros: Em 2023, o grupo investiu um total de 665 milhões de euros, dos quais 515 milhões em Portugal e 150 milhões a nível internacional.
O lucro da Sonae cresceu no ano passado para 357 milhões de euros, um aumento de 6,4% relativamente ao ano anterior, anunciou hoje a empresa.
No documento enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Sonae destaca o aumento do resultado líquido atribuível aos acionistas, sublinhando que os impactos do apoio às famílias, do aumento dos custos financeiros e dos impostos e do investimento na expansão e digitalização dos negócios foram "mais do que compensados" por "ganhos de eficiência e mais-valias realizadas com alienação de ativos".
O volume de negócios consolidado ascendeu a 8,4 mil milhões de euros em 2023, aumentando 9,2% principalmente devido ao crescimento da MC (empresa que dirige 17 das principais marcas e uma das principais atividades do Grupo Sonae), que num exigente contexto competitivo reforçou a sua posição de liderança de mercado, e ao "forte investimento" na expansão dos negócios, refere a empresa.
A Sonae revela ainda que o EBITDA [resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações] ascendeu a cerca de mil milhões de euros, com a rentabilidade "pressionada pelos esforços para absorver parte da pressão inflacionista, sobretudo nos formatos de retalho alimentar".
Com estes resultados, a empresa propõe uma distribuição de dividendos de 5,639 cêntimos por ação.