Parlamento madeirense solidário com a Ucrânia
Voto de solidariedade para "com o povo ucraniano " foi apresentado pela Inciativa Liberal
Concluído o período antes da ordem do dia, o deputado único da Iniciativa Liberal (IL) na Assembleia Legislativa da Madeira (ALM), Nuno Morna, apresentou um voto de solidariedade para "com o povo ucraniano", que traduziu também "um compromisso para um mundo mais justo e pacífico", conforme assumiu o parlamentar.
Carlos Gomes, do PSD, recordou que a guerra na Ucrânia fez 10 anos – e não dois anos – no passado dia 24 de Fevereiro, referindo-se à anexação da Crimeia. Destacou, igualmente, os 11 mil ucranianos mortos, 600 dos quais crianças, desde o início da invasão russa em 2022.
"Devemos erguer a nossa solidariedade para com o povo da Ucrânia", reiterou Carlos Gomes, para logo reforçar: "A ALM deve manifestar a sua solidariedade inequívoca".
Por seu turno, a deputada Ana Cristina Monteiro salientou, a par da perda de vidas humanas, os 6.4 milhões de refugiados no estrangeiro provocados pelo conflito, indicando que o CDS irá acompanhar o sentido do voto.
"É justo e merecerá a aceitação do Bloco de Esquerda", declarou Roberto Almada. Por outro lado, o deputado único do BE defendeu que "também deveríamos estar aqui a manifestar a nossa solidariedade para com o povo palestiniano na Faixa de Gaza". “Os mortos ucranianos assinados pelo governo russo e os mortos assassinados pelo governo israelita merecem descansar em paz”, vincou.
São “749 dias de resiliência”, apontou por seu turno o deputado Rafael Nunes, do JPP, reafirmando a solidariedade para com o povo ucraniano e apelando a um “cessar-fogo imediato”.
“A agressão à Ucrânia e ao povo ucraniano é uma agressão a todos nós”, declarou Victor Freitas, do PS, insistindo na necessidade de Portugal continuar a apoiar a resistência à invasão russa. “Nós temos a certeza de uma coisa: Putin não pode vencer”, reiterou.
O PAN, pela voz de Mónica Freitas, manifestou que acompanharia o voto da IL. “A guerra na Ucrânia dura há demasiado tempo para que fiquemos indiferentes (…). O mínimo que podemos fazer é apoiar e acolher este povo", declarou.
Pelo Chega, Miguel Castro apontou que "não poderemos estar descansados enquanto Putin estiver no poder".
A última intervenção e a que mais ‘burburinho’ causou no plenário, subentende-se que pela posição assumida a nível nacional pelo PCP, foi a de Ricardo Lume.
"Esta é uma guerra que tem de terminar", começou por referir o parlamentar, sublinhando que este conflito "colocou dois povos irmãos a combater".
"É fundamental pôr fim à guerra na Ucrânia e à guerra em todas as partes do mundo", enfatizou, defendendo uma resposta diplomática ao conflito.