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EUA e UE esperam transferência de poder rápida e pacífica no Haiti

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Estados Unidos e União Europeia (UE) saudaram hoje os progressos na política do Haiti, mostrando-se confiantes numa transferência de poder pacífica e rápida, depois de o atual primeiro-ministro, Ariel Henry, ter anunciado a demissão.

"Não sei exatamente quando será, mas esperamos que aconteça sem mais demoras", defendeu o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller, referindo-se à substituição do primeiro-ministro haitiano.

Em comunicado hoje divulgado, também a UE defendeu "uma transição política viável, inclusiva e sustentável", para "colocar o país no caminho da estabilidade, onde o Estado de Direito possa ser restaurado".

A saída de Henry só será efetivada quando for formado um conselho presidencial de transição, o que segundo Miller deverá acontecer nas próximas 24 ou 48 horas, e quando este concordar com a nomeação de um novo primeiro-ministro.

A decisão foi adotada na segunda-feira numa reunião da Caricom (a comunidade de países do Caribe), que se realiza na Jamaica, juntando representantes de outros parceiros internacionais como os Estados Unidos e a França, além da ONU.

Henry - que governa interinamente desde junho de 2021, após o assassínio do presidente Jovenel Moise - não participou na reunião.

O ainda primeiro-ministro permanece em Porto Rico, onde está detido há uma semana devido à escalada de violência no Haiti, sendo alvo de intensa pressão para que renuncie.

Nas últimas semanas, gangues criminosos provocaram uma onda de violência que levou a uma crise política que está por resolver e intensificando uma crise social que os países da região e a comunidade internacional procuram agora resolver.

No comunicado, a UE sublinhou a "importância do envio rápido da Missão Multinacional de Apoio à Segurança, liderada pelo Quénia e autorizada pelo Conselho de Segurança da ONU".

Preocupado com eventuais atrasos no processo de restaurar as condições de segurança, também o porta-voz da diplomacia norte-americana se referiu à decisão do Quénia de adiar o envio de mil agentes policiais para o Haiti para chefiar a missão multinacional aprovada pela ONU devido ao vazio de poder.

"Eu ficaria preocupado com qualquer atraso, mas não pensamos que seja necessário", disse Miller, que acrescentou que em breve serão dados passos para a realização dessa missão.