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A Guerra Mundo

Israel reivindica eliminação 300 combatentes do Hezbollah desde Outubro

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O Exército israelita revelou hoje que, desde o início da guerra na Faixa de Gaza contra o movimento palestiniano Hamas, em 07 de outubro, já eliminou 300 combatentes do movimento xiita libanês Hezbollah e feriu outros 700.

No total, disse o Exército em comunicado, "aproximadamente 4.500 alvos do Hezbollah" foram atacados, a maioria dos quais por terra sob a direção do Centro de Controle de Artilharia do Comando Norte, a somar a cerca de 1.200 ataques que Israel considera bem-sucedidos por via aérea.

Sob o nome genérico de "alvos", localizados tanto no Líbano como na Síria, Israel geralmente inclui supostos militantes, mas também lançadores de foguetes, centros de comando e controlo ou armazéns de armas.

"Estes ataques prejudicam as capacidades aéreas e terrestres do Hezbollah, bem como a sua cadeia de comando", afirma o Exército israelita, observando que entre as vítimas do grupo estavam "cinco comandantes superiores", além de "dezenas de células terroristas que dirigiram ou dispararam mísseis antitanque e foguetes contra Israel".

Num dos piores episódios desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 07 de outubro, as forças israelitas atacaram hoje pela segunda vez alvos do Hezbollah no Vale do Bekaa, no nordeste do Líbano, depois de o grupo xiita ter lançado uma centena de foguetes durante a manhã.

Este é o segundo ataque desde outubro nesta zona libanesa, mais afastada da fronteira e que causou a morte de dois alegados civis, segundo os meios de comunicação libaneses. O primeiro ataque ocorreu em fevereiro, quando Israel bombardeou um sistema de defesa aérea.

O Hezbollah afirmou em diversas ocasiões que não aliviará a sua ofensiva aérea até que Israel pare a guerra na Faixa de Gaza, enquanto Telavive afirma que os seus ataques são necessários para expulsar o grupo xiita da zona fronteiriça e para que os residentes que viviam nas comunidades do norte possam regressar às suas casas.

Desde o passado dia 08 de outubro, pelo menos 340 pessoas morreram neste fogo cruzado, a maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, algumas delas na Síria, segundo números divulgados pela agência EFE.

A tensão entre Israel e o Hezbollah aumentou significativamente com a guerra na Faixa de Gaza, desencadeada em 07 de outubro com um ataque em solo israelita do movimento islamita palestiniano Hamas, que deixou 1.163 mortos, na maioria civis, levando ainda cerca de 250 reféns, dos quais 130 dos quais permanecem em cativeiro no enclave.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para erradicar o Hamas, tendo sido mortas nas operações militares em grande escala quase 31 mil pessoas, na maioria mulheres e crianças, de acordo com as autoridades locais, controladas pelo grupo palestiniano.

O conflito, que ameaça alastrar a várias regiões do Médio Oriente, fez também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.