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Madeira

Associação de Jovens Empreendedores do Atlântico quer fomentar empresas

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O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, recebeu, esta manhã, em audiência, os dirigentes da Associação de Jovens Empreendedores do Atlântico (AJEA).

Criada há pouco tempo, a AJAE tem como objectivo consciencializar os jovens para a importância do empreendedorismo na economia e na criação de emprego. “É possível criar empresas, criar ideias de negócio e tornar algo real”, enquadrou o presidente da Associação André Teixeira. A AJEA quer ser a “voz dos jovens empresários” e uma plataforma de apoio à “criação de planos de negócio e ao financiamento”.

André Teixeira revelou que, em breve, vai ser lançado um “poadcast”, programa de áudio com periodicidade regular, semelhante a um programa de rádio, que contará, numa primeira abordagem, com a participação de “vários empresários regionais, jovens e menos jovens, para que possam partilhar a sua história, as suas experiências e, assim, inspirar os mais jovens a seguir um caminho de empreendedorismo”, de modo a fomentar, ainda mais, a tradição empresarial na Madeira. O objetivo é “criar um setor empresarial mais forte, na Madeira”, vincou o Presidente da Associação de Jovens Empreendedores do Atlântico.

A prioridade da AJEA é atender às questões económicas com que se deparam os investidores. “Se a parte económica funcionar melhor, teremos mais habitação e habitação mais acessível, melhores salários, e conseguimos fixar os jovens à Região, em condições que lhes compense ficar cá”, concluiu.

Ricardo Gomes, vice-presidente da Assembleia-Geral da AJEA, considera, também, que é preciso apostar mais na juventude, de forma a evitar a saída de talentos e de mão-de-obra qualificada de Portugal. Nesse sentido, defendeu melhores condições em termos de “IRS e de salários”, para que “os jovens possam ficar cá para desenvolver as suas ideias, as suas empresas, e até ajudar as empresas existentes a crescerem no mercado”. Para o pagamento de melhores salários, Ricardo Gomes é apologista de uma estratégia conjunta, entre empresas e Governo Regional, de modo a diagnosticar as necessidades empresariais e da juventude, e perceber as razões desta saída para o estrangeiro. A AJAE entende que os jovens licenciados não podem ficar apenas pelo salário mínimo. “É preciso valorizar quem teve a sua formação e pagou as propinas, e por isso devia haver uma diferença salarial”, alertou Ricardo Gomes. Seria, também, “um incentivo para os jovens do ensino secundário” a dar continuidade aos estudos na prossecução de melhores vencimentos, rematou.

O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira garantiu dar atenção às preocupações deixadas e contribuir, através da “magistratura de influência”, para que sejam criadas melhores condições, salariais e de trabalho, para a fixação de jovens à Região.

José Manuel Rodrigues desejou os maiores sucessos à Associação de Jovens Empreendedores do Atlântico, abrindo, também, as portas do Parlamento à realização de eventos, através da disponibilização do Salão Nobre como espaço de conferências, que possam contribuir para o fortalecimento empresarial e económico da Madeira e do Porto Santo.