Há 26 anos a Madeira ardia pelo sexto dia consecutivo
Região viveu um verdadeiro inferno com os incêndios
A 12 de Março de 1998 o DIÁRIO publicava uma reportagem feita bordo do helicóptero da 'HeliAtlantis' pela costa Sul da Madeira, onde constatou "um autêntico inferno" causado pelos incêndios que lavravam pelo sexto dia consecutivo centenas de hectares.
Em três páginas, os jornalistas Emanuel Silva, José Riberio e Óscar Branco relataram o horror vivido na Madeira a arder.
"Muito fumo, zonas completamente devastadas pelas chamas e autênticas manchas negras na paisagem", pode ler-se no artigo, onde é explicado que o tempo quente associado ao vento inconstante a soprar em várias direcções dificultava o combate às chamas descontroladas. Com o título "Faltam meios aéreos para o combate aos fogos", a peça dava conta dos apelos ao recurso ao 'heli' no combate aos incêndios.
Na página seguinte, foi abordado o impacto da catástrofe: "Os bombeiros já não aguentam o ritmo da série de incêndios florestais. Há casas ameaçadas pelas chamas, e uma barraca, onde viviam seis pessoas, junto ao Largo do Terreiro da Luta, foi totalmente consumida pelo fogo. Lágrimas e desolação, ontem, nos que viram os seus precários bens ficarem reduzidos a zero".
Na altura, o presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim e o presidente da edilidade funchalense, Miguel Albuquerque, fizeram um périplo pelos locais mais afectados para se inteirarem da situação e tranquilizar a população.